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Referendo sobre a independência da Catalunha, últimas notícias ao vivo

Siga os últimos instantes deste dia de votação do referendo deste domingo, 1º de outubro

Pessoas fazem fila em um centro de Barcelona para votar.
Pessoas fazem fila em um centro de Barcelona para votar.Santi Donaire (EFE)
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O que, de fato, está acontecendo na Catalunha?
A democracia espanhola enfrenta seu maior desafio

A votação do referendo de secessão da Catalunha, convocado pelos partidos pró-independência catalã, ocorreu neste domingo em meio a confrontos e repressão policial, que deixaram ao menos 38 feridos, a maioria deles em estado leve. A Generalitat, como é chamado o Governo catalão, declarou que, apesar dos inúmeros tumultos registrados ao longo do dia, a participação na consulta popular foi de 42% e que, entre os vontantes, 90% optou pelo sim, ou seja, a favor da independência em relação à Espanha. Nesta segunda-feira, 2 de outubro, o presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, disse que pretende anunciar a independência nos próximos dias. Entretanto, o referendo é considerado inconstitucional pelo Tribunal Constitucional da Espanha.

Acompanhe as últimas notícias sobre o referendo da Catalunha:

Mais de uma centena de pessoas continua protestando em frente a sede da polícia nacional, em Barcelona.
Pessoas protestam em frente a sede da polícia nacional, em Barcelona.
União Europeia reforça que referendo da Catalunha é ilegal, mas condena violência policial http://cort.as/--6jl
O presidente da Generalitat (governo regional catalão), Carles Puigdemont, voltou a recriminar com firmeza as agressões policiais ocorridas durante o dia em vários locais de votação. “Brutalidade policial”, “repressão brutal”, “humilhações” e “abusiva e grave violência policial” foram algumas das expressões empregadas para assegurar que “o Estado espanhol escreveu hoje [domingo] uma página vergonhosa na história da sua relação com a Catalunha”. Leia aqui a matéria completa: http://cort.as/--6gN
"Para a União Europeia, Catalunha confronta direitos democráticos com sua soberania", é o título de uma matéria publicada nesta segunda-feira pelo jornal norte-americano The New York Times sobre o conflito catalão e sua relação com a União Europeia. O texto descreve a difícil situação que enfrenta a UE e os 28 estados soberanos que a compõem após o referendo realizado no dia 1 outubro e as imagens das ações policiais em diferentes colégios eleitorais. O artigo também cita o referendo escocês e os diferentes movimentos separatistas na Bélgica, Itália e França e faz referência à independência de Kosovo e à posição da Espanha, um dos cinco países que ainda se opõem a reconhecê-la. Você pode ler o artigo completo aqui: http://cort.as/--6ZO
Governo catalão anuncia 90% de “sim”, 2,2 milhões de votantes e participação de 42% em referendo. Leia mais em: http://cort.as/--6TV
A Comissão Europeia voltou a dizer, nesta segunda-feira, que considera ilegal o referendo catalão. Segundo o órgão, o desafio da independência da Catalunha é uma questão interna da Espanha, mas a região estaria fora da UE automaticamente em caso de secessão. Em uma coletiva de imprensa sobre o caso, um porta voz da União Europeia comentou a ação da polícia, que deixou ontem mais de 800 feridos. "A violência nunca pode ser um instrumento na política", disse antes de pedir também diálogo e afirmar que são “tempos de unidade, não de divisão”. Leia a matéria completa em espanhol: http://cort.as/--5qC
O time de futebol Barcelona também vai aderir à greve geral, convocada para esta terça-feira, contra o uso da força na votação de domingo
Rafa Nadal: "Ver pessoas tão radicalizadas me surpreende e desilude". O jogador de tênis diz que acompanhou os eventos do domingo na Catalunha "com um coração encolhido" e pede diálogo para que cheguem a acordos
As organizações CCOO e UGT se descolaram das greves convocadas na Catalunha, por meio de um comunicado conjunto. Eles criticaram os "excessos" no uso da força neste domingo, mas não apoiam a greve: "Em nenhum caso subscreveremos posições que deem cobertura à declaração unilateral de independência"
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse por meio de sua conta no Twitter que conversou com o presidente Mariano Rajoy. Tusk afirmou que concorda com os argumentos constitucionais do governo espanhol, mas pediu a Rajoy que busque uma forma de evitar uma maior escalada no uso da força
O presidente da Generalitat dá por certo a vitória do "sim" no referendo e abre o caminho para a declaração unilateral da independência
Carles Puigdemont, presidente da Generalitat (o Governo da Catalunha): "A situação gerada na Catalunha é um assunto europeu. Hoje, a Catalunha ganhou muitos referendos, milhões de pessoas mobilizadas falaram alto e claro: temos o direito de decidir o nosso futuro, queremos viver em paz, fora de um Estado que impõe e usa força bruta ".
Pedro Sánchez. O líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que é opositor ao PP de Rajoy, também acaba de falar à imprensa. Ele diz que a consulta da Catalunha "perverte o conceito de democracia" e serve apenas para dividir a sociedade catalã e não fornece soluções.
Mariano Rajoy. "O referendo não existiu. Foi evitado com base na lei, com o apoio dos democratas, a atuação dos tribunais e das Forças de Segurança do Estado", disse o presidente espanhol, que ressalta que os policiais "cumpriram sua obrigação". "Teria sido mais fácil para todos olhar para outro lado enquanto se perpetravam ilegalidades, mas não fizeram".
Mariano Rajoy. "Hoje, todos nós temos razões para confiar na democracia. Fracassou um processo que só serviu para promover divisões, inquietar as ruas e provocar situações indesejáveis. Só serviu para causar sérios danos à convivência", disse ele. "Não vou fechar nenhuma porta. Sempre ofereci o diálogo, mas sempre no âmbito da lei e do respeito à democracia", diz Rajoy.
Mariano Rajoy. "Ao longo de nossa longa história, os espanhóis conseguiram superar as diferenças mais dolorosas e também as dificuldades que pareceram mais insuperáveis. Temos sido um exemplo para o mundo", diz o presidente. "O Governo sustentou todo o tempo que este referendo não aconteceria, e eles sabiam disso há meses. (...) o referendo era ilegal, mas eles decidiram seguir em frente ", continua ele. "O Estado reagiu com firmeza e serenidade" a este ataque, diz Rajoy.
Mariano Rajoy. "Quero dizer, diante de toda a Espanha, que a grande maioria das pessoas da Catalunha não quis participar do roteiro dos secessionistas, isso é algo indiscutível". A grande maioria dos catalães mostrou que é gente de lei, no mais nobre sentido da expressão", diz o presidente. "Deram prova de grande civismo", acrescenta. "Conseguiram resistir ao embate das piores práticas populistas". "Todos os espanhóis valorizamos sua atitude".
Mariano Rajoy. "Eu entendo a frustração que hoje [os catalães] podem estar sentindo e lamento profundamente", diz o presidente.
Mariano Rajoy "Nós vimos comportamentos que repugnam a qualquer democrata: doutrinamento de crianças, assedio a juízes e jornalistas", disse o presidente. "Os responsáveis ​​por esses eventos, os que ocorreram hoje e os que nos trouxeram até aqui são aqueles que promovem a quebra de legalidade e convivência. Não busquem mais culpados, não há", continua ele.

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