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Um milhão de dólares para quem resolver este ‘simples’ enigma de xadrez

O desafio proposto consiste em colocar várias damas em um tabuleiro sem que se comam entre si

Isabel Rubio
Várias figuras em um tabuleiro de ajedrez.
Várias figuras em um tabuleiro de ajedrez.PIXABAY

O Instituto Clay de Matemática, um centro de estudo de matemática norte-americano, oferece um milhão de dólares (3,2 milhões de reais) a quem resolver um 'simples' enigma de xadrez de mais de um século de existência. O desafio consiste em colocar 1.000 rainhas em um tabuleiro de 1.000 x 1.000 sem que se comam umas às outras. Ou seja, que não haja duas rainhas na mesma fileira, coluna e diagonal. Vários cientistas estão há anos tentando criar o algoritmo que contemple todas as soluções para o enigma.

Uma solução em um tabuleiro de 8x8.
Uma solução em um tabuleiro de 8x8.EL PAÍS

A questão tem sua origem no problema das oito rainhas, que foi proposto em 1848 pelo jogador de xadrez alemão Max Bezzel. O objetivo era colocar oito rainhas sobre um tabuleiro padrão (8x8) sem que se ameaçassem entre si. O matemático cego Franz Nauck resolveu o quebra-cabeças por completo em 1850. O enigma conta com 92 soluções: 12 delas são básicas, e as 80 restantes são obtidas por giros e simetrias.

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À medida que o tabuleiro e o número de rainhas aumentam, também aumenta o número de soluções. Por isso, o enigma é mais difícil de resolver. Um grupo de professores da Universidade de Saint Andrews (Escócia) afirma que quando o tabuleiro de xadrez é de 1.000 x 1.000 ou maior, os programadores são incapazes de encontrar todas as soluções para o problema. Os pesquisadores explicam que as combinações são tantas que qualquer programa de informática demoraria anos para completar o quebra-cabeças.

Movimentos possíveis de uma rainha.
Movimentos possíveis de uma rainha.EL PAÍS

Para o professor Peter Nightingale, pesquisador na universidade citada, o enigma das rainhas é importante porque um programa capaz de resolvê-lo poderia ser adaptado para solucionar outras questões, como o desenho de microchips ou a decifração de sistemas de segurança da Internet. “Isso incluiria desde problemas triviais, como descobrir o grupo de seus amigos de Facebook que não se conhecem entre si, até outros mais importantes, como crackear as senhas das transações bancárias”, conclui o professor da Universidade de Saint Andrews, Ian Gent.

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