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Denúncia contra Temer: votação decisiva na Câmara fica para agosto

Governistas citam reforma trabalhista ao votar contra investigação do presidente. Tema vai a plenário

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou, por 40 votos contra 25, a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB-SP), acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de corrupção passiva. A decisão da CCJ contraria o parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), relator na comissão, favorável à abertura de um processo contra o presidente da República. O tema, no entanto, ainda será analisado pelo plenário da Câmara, onde são necessários 342 votos para aprovar a abertura de um processo penal no Supremo Tribunal Federal. A vitória de Temer ocorre após uma ofensiva do Governo, que nesta semana se mobilizou para trocar os integrantes da comissão.

Acompanhe a repercussão da decisão da CCJ da Câmara:

O repórter Afonso Benites, em Brasília, informa que a votação da denúncia contra Temer vai a plenário no dia 2 de agosto, às 9 horas.
Porta-voz do Governo publicou texto comentando a decisão da CCJ: "A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados não admitiu, pela maioria expressiva de 40 votos a 25, o processamento da denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República. Trata-se de uma maioria de mais de sessenta por cento dos votos. O Presidente recebeu esta notícia com a tranquilidade de quem confia nas instituições brasileiras. O resultado hoje alcançado deixa claro que é sólida a maioria dos que defendem a democracia, os direitos constitucionais e o Estado de Direito. A vitória é da democracia e do direito. Em quase quatorze meses de mandato, o Presidente Temer levou adiante reformas amplas, que modernizam e transformam o Brasil. O País tem rumo. O Brasil tem pressa e as transformações históricas em curso seguirão seu curso em prol de mais emprego, mais renda, e mais justiça social. O Presidente Michel Temer congratula-se com cada um dos deputados e deputadas que hoje, com coragem cívica, deram seu voto em defesa da Constituição e da Democracia."
Relatório favorável a Temer é aprovado na CCJ por 41 votos contra 24. Esse será o texto que os deputados irão avaliar
Alessandro Molon diz que se tratou de uma "vitória falsa" por causa das trocas que Temer conseguiu fazer na comissão e diz que Rede vota contra o relatório do tucano.
Agora, os líderes dos partidos orientam suas bancadas antes da votação do relatório do tucano Abi-Ackel.
Quando será a sessão final do plenário é a grande pergunta agora. Rodrigo Maia diz que denúncia contra Temer só será votada se houver pelo menos 342 deputados no plenário. Ou seja, se o Governo conseguir reunir esse quórum, a votação pode acontecer ainda neste mês de julho
A vitória na CCJ é tática, já que a palavra final segue sendo no plenário. É um indicativo do poder de articulação que o presidente ainda tem.O que se deve levar em consideração é que, mesmo que vença essa primeira batalha no plenário, ela provavelmente não será a última. O procurador Janot deve apresentar novas denúncias contra Temer, que passarão pelo mesmo processo
Ele inicia a leitura do relatório.
Dos 7 deputados do PSDB, só dois votaram contra o relatório de Zveiter. Um deles foi Abi-Ackel.
O relatório de Abi-Ackel será lido e terá de ser votado ainda hoje.
Paulo Abi-Ackel, do PSDB de Minas Gerais, é apontado como novo relator.
Em tese, sessão deveria continuar. Mas há uma confusão no plenário. Parece um pátio de escola no horário do recreio. Alguns gritam: Viva o Brasil, Temer no poder.
Maria do Rosário (PT-RS) começa a gritar: "Vitória de Pirro. Vitória comprada nessa CCJ".
Houve uma abstenção.
Opositores começam a gritar: Fora Temer. Enquanto governistas jogam papel picado para o alto.
Por 40 votos a 25, Temer vence e CCJ rejeita relatório que defendia a abertura de processo contra o presidente.
"Mais cedo ou mais tarde a causa do resultado artificial de hoje virá à tona", diz Julio Delgado.
Iniciada a votação do relatório de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) favorável ao processo contra Michel Temer.
A Minoria vota sim ao relatório.

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