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Trump anuncia acordo comercial “muito potente e muito rápido” com o Reino Unido

UE já alertou que Londres não poderá assinar nenhum novo acordo até deixar o bloco

M. G.
Theresa May e Donald Trump no segundo dia da cúpula do G20 em Hamburgo.
Theresa May e Donald Trump no segundo dia da cúpula do G20 em Hamburgo.Matt Cardy (Getty Images)

Balão de oxigênio para a primeira-ministra britânica, Theresa May. O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos e o Reino Unido alcançarão “muito, muito rapidamente” um acordo comercial “muito potente”. May e Trump se reuniram pela segunda vez – a britânica visitou a Casa Branca em 27 de janeiro – às margens da cúpula do G20 que chega ao fim neste sábado em Hamburgo, na Alemanha.

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Após perder a maioria absoluta nas eleições britânicas do mês passado, May ficou enfraquecida para enfrentar as negociações do Brexit, que começaram formalmente em 19 de junho, e precisa fechar uma série de acordos comerciais para compensar sua saída do mercado único e substituir por pactos bilaterais, o que até agora o Reino Unido tinha através da União Europeia.

“Temos trabalhado em um acordo comercial que será muito, muito grande, um acordo muito potente, bom para os dois países, e acho que irá acontecer muito, muito rapidamente”, disse Trump.

Bruxelas já alertou Londres que as negociações de acordos comerciais é competência exclusiva da comissão, de forma que Londres não poderá assinar nenhum até que abandone oficialmente a UE. O que pode fazer é preparar o terreno para que os futuros acordos possam entrar em vigor quando se concretizar o Brexit, provavelmente em março de 2019. E os Estados Unidos são um de seus parceiros preferidos, dada a relação “muito especial”, em palavras de Trump, que os dois países mantêm.

Apesar disso, Londres e Washington ainda não conseguiram fixar uma data para a anunciada visita do novo presidente norte-americano ao Reino Unido, ante a rejeição que sua figura provoca em diversos setores da sociedade britânica. Na presença de May, Trump se limitou a garantir que irá a Londres, mas sem dizer quando.

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