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Uma foto, outro mistério: a garota que está de costas é a desaparecida Amelia Earhart?

A descoberta de uma fotografia antiga alimenta a lenda de que a aviadora sobreviveu

J. M. A.
No centro do grupo no cais está a figura que o History Channel afirma que poderia ser Amelia Earhart. À esquerda, ao lado do poste, o suposto Noonan.
No centro do grupo no cais está a figura que o History Channel afirma que poderia ser Amelia Earhart. À esquerda, ao lado do poste, o suposto Noonan.NATIONAL ARCHIVES

A lendária aviadora Amelia Earhart se recusa a morrer. Oitenta anos depois de seu desaparecimento no Pacífico, uma foto fez o enigma reviver. Está borrada, não é possível reconhecê-la e os especialistas não querem dar opinião. Mas não importa. A imagem se espalhou pelos Estados Unidos e fez as pessoas voltarem a acreditar que a aventureira não caiu no mar, mas foi presa pelos japoneses e poderia ter morrido em cativeiro.

A fotografia foi encontrada nos Arquivos Nacionais dos EUA e pertence a uma investigação do programa History Channel. Com o título de Atol Jaluit, mostra uma pessoa sentada de costas em um cais nas Ilhas Marshall. Os autores do documentário afirmam, a partir de dados puramente circunstanciais (parece mulher, tem cabelo curto e usa calças), que poderia ser Earhart. Ao lado dela, de pé e perto de um poste, também identificam seu navegador Fred Noonan. “Acreditamos que um navio japonês a levou da Ilhas Marshall a Saipan, nas Ilhas Marianas, e que morreu lá quando estava sob custódia dos japoneses”, disse Gary Tarpinian, produtor executivo do programa, à NBC.

Amelia Earhart com o bimotor que caiu.
Amelia Earhart com o bimotor que caiu.

A especulação não foi confirmada pelas autoridades japonesas, em cujos arquivos não consta essa detenção. E especialistas como Dorothy Cochrane, do departamento de Aeronáutica do Smithsonian National Air Museum, não confirmam a informação. “Mas não se pode culpar ninguém por querer sonhar”, disse Cochrane à CNN.

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Amelia Earhart é considerada uma das maiores aviadoras de todos os tempos. Com muito sangue frio, foi a primeira mulher a cruzar sozinha o Atlântico e voar pelo Pacífico (de Honolulu à Califórnia). Sua última decolagem aconteceu em 2 de julho de 1937. Naquele dia, partiu com Noonan do aeroporto de Lae, em Papua Nova Guiné, para completar mais uma etapa de sua circunvalação do globo terrestre. Mas em algum lugar do Pacífico, seu Lockheed Electra bimotor desapareceu. Nem seus corpos nem o avião foram encontrados.

A maioria dos especialistas acredita que caiu no mar. Apesar desta hipótese oficial, existem aqueles que especulam que caiu prisioneira dos japoneses e outros apostam na teoria do suicídio. Alguns também consideram que pode ter alcançado o atol de coral de Nikumaroro. Um lugar remoto nas ilhas Kiribati que com os anos se tornou o centro das investigações e onde se encontra agora uma nova expedição. Oitenta anos depois, ninguém encontrou a pista definitiva.

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