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Rússia e Irã alertam os EUA sobre possíveis represálias caso voltem a atacar a Síria

Aliados de Assad classificam como ilegal a presença de forças norte-americanas no Norte do país

Hangares da base de Shayrat, depois do bombardeio pelos Estados Unidos
Hangares da base de Shayrat, depois do bombardeio pelos Estados UnidosAFP
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O centro de comando conjunto das tropas aliadas do presidente sírio, Bachar al Assad, que incluem forças da Rússia, Irã, o Hezbolá e várias milícias ligadas ao regime, advertiu os Estados Unidos que responderá com a força caso o país volte a atacar a Síria, como os norte-americanos fizeram na sexta-feira passada, quando Donald Trump mandou bombardear com mísseis Tomahawk a base aérea de Shayrat.

“O que os Estados Unidos perpetraram é uma agressão contra a Síria que cruza a linha vermelha. A partir de agora responderemos com força a qualquer agressor ou qualquer violação da linha vermelha por quem quer que seja, e os Estados Unidos conhecem bem nossa capacidade de responder”, informa o comunicado, divulgado por Ilam al Harbi, segundo a agência Reuters.

A nota acrescenta que a presença de militares dos Estados Unidos no Norte do país é ilegal e salienta que isso as torna “forças de ocupação”. As forças integradas no já mencionado comando afirmam que redobrarão o apoio ao exército sírio como consequência do ataque dos Estados Unidos.

A declaração do comando conjunto foi feita horas depois de Assad afirmar que os Estados Unidos tinham fracassado em seu objetivo de elevar o moral “dos terroristas” que apoiam na Síria, com seu ataque de dois dias antes à base aérea.

Também se seguiu à embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, afirmar que não haverá nenhuma solução política para o conflito na Síria “se o presidente Bachar al Assad permanecer no poder”, acrescentando que as autoridades norte-americanas estão dispostas a “fazer algo mais” a respeito.

Segundo nota da presidência síria, Assad fez essas declarações durante conversa telefônica com seu par iraniano, Hasan Rohaní. Para Assad, Washington não atingiu sua meta principal com o ataque de sexta-feira que, afirmou, era elevar o moral dos “grupos terroristas que apoia, depois das conseguidas pelo Exército Árabe Sírio”.

Por sua vez, Moscou assegurou que o presidente iraniano transmitiu a Vladimir Putin que o ataque dos Estados Unidos é inaceitável. “Os líderes trocaram opiniões sobre a situação na Síria e ambos destacaram que são inadmissíveis as ações agressivas dos EUA contra um Estado soberano em violação às normas do direito internacional”, segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia divulgado pela agência oficial de notícias russa RIA Novosti.

Os Estados Unidos atacaram com 59 mísseis de cruzeiro Tomahawk a base síria de Shayrat, de onde supostamente foram lançados os ataques aéreos com armas químicas de terça-feira contra a cidade de Khan Sheikhun, matando pelo menos 87 pessoas, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

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