_
_
_
_
_

Ministério Público pede prisão de ex-presidente do Peru por caso Odebrecht

Promotor pede a prisão de Alejandro Toledo por escândalo que envolve a construtora brasileira

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo, em uma foto de 25 de janeiro de 2016, em Lima.
O ex-presidente peruano Alejandro Toledo, em uma foto de 25 de janeiro de 2016, em Lima. Ernesto Arias (EFE)

O promotor anticorrupção Hamilton Castro, chefe da equipe especial que investiga o capítulo peruano do caso Lava Jato, solicitou 18 meses de prisão para o ex-presidente Alejandro Toledo, que governou o país de 2001 a 2006. Toledo é acusado de ter recebido 20 milhões de dólares (cerca de 62,42 milhões de reais) da Odebrecht em troca da concessão de dois trechos da rodovia Interoceânica Sul, que une o Peru e o Brasil.

Mais informações
Livros, curso de teclado: Os planos de um ex-executivo da Odebrecht para os anos de prisão
Caso Odebrecht paralisa obras do maior gasoduto do Peru
Peru proíbe Odebrecht de participar de novas licitações no país
Corrupção da Odebrecht envolve três Governos peruanos

A solicitação será agora avaliada pelo juiz Richard Concepcion Carhuancho, do Primeiro Juizado de Investigação Preparatória Nacional, e irá acompanhada de uma ordem de captura internacional e um alerta a Interpol, já que até o último domingo (dia 4) Toledo estava em Paris com sua esposa, Eliane Karp. O juiz tem um prazo de dois dias para responder ao pedido do Ministério Público peruano.

O promotor responsável pelas investigações do caso Odebrecht já havia formalizado na segunda-feira a investigação preliminar contra o ex-presidente por crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro, embora Toledo tenha negado as acusações, que atribuiu a um “linchamento político”. O ex-presidente também desafiou Jorge Barata —ex-representante da Odebrecht em Peru e agora delator do esquema de corrupção no país—, que comprove suas afirmações.

“Que diga, por favor, quando, como, onde e em qual banco me deu 20 milhões. Não recebi um centavo pela (entrega da licitação da) rodovia Interoceânica”, afirmou Toledo, em entrevista ao programa Cuarto Poder. O ex-presidente criticou, entre outras questões, a revista feita em sua casa.

Os supostos pagamentos a Toledo teriam começado em 2005, perto do fim de seu governo (2001-2006) e o dinheiro teria sido canalizado para as contas do empresário israelense Josef Maiman, amigo do ex-presidente, por meio de suas empresas em paraísos fiscais, de acordo com informações publicadas pela imprensa peruana.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_