_
_
_
_
_

O Facebook quer entrar na sua TV

Rede social desenvolve aplicativo para oferecer vídeo de qualidade

Mark Zuckerberg, fundador de Facebook.
Mark Zuckerberg, fundador de Facebook.Eric Risberg (AP)

O Facebook se prepara para a chegada da sua adolescência. Próximo de completar 13 anos, a empresa luta para manter sua hegemonia na guerra pela atenção do público. Começou pelo computador, invadiu o celular, quer dominar o campo da realidade virtual e está perto, também, de uma das telas mais cobiçadas: a televisão. Aparecer nesse suporte é estar no centro dos lares e ser objeto de conversas compartilhadas.

Mais informações
Facebook contrata o brasileiro Hugo Barra para cuidar da Oculus
Facebook aposta no jornalismo de qualidade
Facebook criará uma marcação para identificar notícias falsas
Se você pretende ser feliz, saia do Facebook

Tal como já fazem a Apple, com sua Apple TV, a Amazon, com a Fire TV, a Netflix e a HBO, a estratégia da rede social passa por uma associação com o maior número possível de videoclubes online, assim como de equipamentos que se conectam ao aparelho de televisão.

Depois de demonstrar a sua capacidade para armazenar todo tipo de vídeos, em concorrência direta com o YouTube, e a simplicidade trazida para transmissão ao vivo pelo Live (a estrela de 2016) e de potencializar a inclusão de pequenos cortes no Instagram, o próximo passo será realizar produções de melhor qualidade.

A empresa de Menlo Park já conversa sobre poder realizar programas com acabamento de qualidade e oferecer uma grade. Durante o último ano, fechou acordos com vários meios de comunicação para transmissão ao vivo. Seu plano é deixar de pagar pela produção dessas emissões ao final desses contratos iniciais e incentivar a criação de programas de qualidade, não necessariamente ao vivo, para incluir em sua grade.

Empresa já fala sobre a realização de programas com acabamento de qualidade e oferecer uma grade

O Facebook busca novas formas de ganhar dinheiro. Na Internet, está em segundo lugar, atrás apenas da Google. Enquanto esta última possui suportes variados e em crescimento constante, desde o buscador até espaços em sites de conteúdo, com muita ênfase nos celulares, o Facebook deu mostras, em novembro, de saturação de seu suporte principal e quase único, o News Feed, o mural em que se postam as atualizações dos perfis.

Com a exploração do novo suporte, a empresa espera reforçar o seu crescimento financeiro. Somente nos Estados Unidos, o mercado publicitário de televisão chega a 70 bilhões de dólares. Mas ela terá de enfrentar, como tem sido o caso do YouTube, o desafio de fazer com que os preços dos anúncios sejam relevantes. Até o momento, eles são inferiores aos aplicados pelo buscador. Uma das primeiras decisões do Facebook foi evitar os anúncios que antecedem as emissões, que são quase uma regra no YouTube, e apostar em inserções de 15 segundos ao longo da emissão do conteúdo.

De acordo com a Nielsen, o consumo diário de televisão nos EUA é de quatro horas, enquanto que, segundo os dados divulgados aos seus investidores, a rede social criada por Marc Zuckerberg, consegue prender sua audiência durante 50 minutos, em média, por dia.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_