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Dono da Melissa ganha milhões em cassino no Uruguai com uma só aposta

Twitter surpreende um dos proprietários da Vulcabras faturando em cassino de Punta del Este

Pedro Grendene Bartelle, no cassino.
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A cena não tem nada de estranho no verão de Punta del Este, o balneário mais top da América Latina, no Uruguai: um milionário aposta milhares de dólares num único número no cassino do hotel Conrad, a adrenalina explode... e ele ganha tanto que as fichas terminam. A diferença é que, desta vez, foi uma gravação do Twitter que viralizou e revelou a identidade do brasileiro Pedro Grendene Bartelle Filho, frequentador assíduo de Punta del Este, presidente da Vulcabras/Azaleia, filho e sobrinho de dois dos homens mais ricos do Brasil, proprietários, entre outros, das famosas sandálias Melissa.

A imagem que rompeu a sagrada confidencialidade do cassino mostra uma pilha de fichas no número 32 da roleta, muito público e a euforia do momento vencedor. E a informação que circulou como um raio nas redes sociais é que Grendene apostou 100.000 dólares (320.000 reais) nesse número e ganhou 3,5 milhões de dólares (11,2 milhões de reais). Mas o interessado desmentiu a informação e afirmou que só levou 50.000 dólares (160.000 reais), já que dividiu o prêmio com os amigos. Após a revelação do Twitter, o assunto voltou ao mais absoluto segredo e disparou especulações. Segundo um antigo crupiê do Conrad, há poucas possibilidades de que o cassino permitisse jogar essa quantia num único número e provavelmente todas as cifras do caso sejam exageradas. Mas o ex-funcionário afirma que a jogada, caso tenha sido autorizada, seria em virtude do perfil da família Grendene, outrora acionista do hotel e conhecida em Punta del Este como grande jogadora.

“Eu mesmo atendi o pai uma vez. Jogava 20.000 dólares por bola na roleta e ganhava muito. Podia ir à sala VIP, mas queria estar rodeado de público. No final, repartiu milhares de dólares entre os que o viam jogar, mas não me deixou gorjeta”, recorda o ex-funcionário.

Cada verão chega com sua cota de histórias incríveis ao cassino de Punta del Este. Escândalos de milionários que via de regra são abafados. A segurança é um dos pontos fortes do balneário uruguaio, frequentado por uma enorme lista de milionários e famosos do mundo todo. E sempre há algo novo: num ano houve roubo de joias, no outro a descoberta da vida cheia de excessos de um narcotraficante. E 2016 terminou com jogadores russos detidos por fraude. Os dois homens, de 39 e 46 anos, portavam dispositivos eletrônicos para espionar as cartas e conseguiram derrotar a organização várias vezes antes de serem descobertos.

Para os operadores turísticos uruguaios, este verão está sendo excepcional: Punta del Este anda repleta de turistas, especialmente brasileiros e argentinos com a carteira volumosa.

Somente em janeiro, dezenas de milhões de dólares serão movimentados no cassino do balneário. Os cerca de 500 funcionários que trabalham nas mesas de jogo do Conrad embolsarão neste mês algo em torno de 3 milhões de dólares (9,6 milhões de reais) de gorjeta. Como mostrou o Twitter, os milionários deixam a mesa de jogo sem ficha, mas os conhecedores do cassino são categóricos: no final do verão, chegada a hora de fazer um balanço, todos perdem.

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