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Turquia viveu 14 atentados em um ano

O país foi sacudido no ano passado pelos ataques terroristas dos islâmicos radicais e dos rebeldes curdos

Istambul em comoção pelo atentado.
Istambul em comoção pelo atentado.Burak Kara (Getty Images)

Pelo menos 39 pessoas morreram e 69 ficaram feridas em um atentado terrorista em Istambul neste domingo, quando um homem vestido de Papai Noel abriu fogo em uma casa noturna onde centenas de pessoas comemoravam o Ano Novo. O atentado foi o mais recente em um ano mortal para Istambul e outras cidades turcas sacudidas pelo fogo dos jihadistas do Estado Islâmico e dos rebeldes curdos.

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Eis uma lista dos piores ataques realizados na Turquia em 2016:

19 de dezembro: O embaixador da Rússia na Turquia, Andrei Karlov, é assassinado a tiros em uma galeria de arte de Ancara por um membro da polícia que estava de folga e que afirmou ter agido para vingar o conflito na Síria, em particular a maltratada cidade de Aleppo.

17 de dezembro: 14 soldados morrem e dezenas de outras pessoas ficam feridas em um ataque suicida contra um ônibus militar na cidade de Kayseri, no centro do país. Os Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK, na sigla em curdo), vistos como um braço radical do ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), reivindicaram a responsabilidade pelo atentado.

10 de dezembro: 44 pessoas morrem, principalmente policiais, e 166 ficam feridas quando dois bombardeios atingem Istambul após um jogo de futebol organizado pelo Besiktas. O TAK afirma estar por trás dos ataques.

24 de novembro: Um carro-bomba na cidade meridional de Adana mata duas pessoas e fere 33.

4 de novembro: Nove pessoas, entre elas dois policiais, morrem em um atentado com um carro-bomba em uma delegacia de Diyarbakir, a principal cidade de maioria curda da Turquia no sudeste do país. O ataque é reivindicado pelo Estado Islâmico e, em seguida, pelo TAK.

9 de outubro: 18 pessoas morrem com a explosão de uma van perto de um posto policial no distrito sudeste de Semdinli, em um atentado atribuído ao PKK.

26 de agosto: 11 agentes da polícia morrem em um atentado suicida com um carro-bomba em Cizre, uma cidade de maioria curda na fronteira com a Síria, reclamada pelo PKK.

20 de agosto: 57 pessoas – 34 delas crianças – morreram em um atentado a bomba ligado ao Estado Islâmico em um casamento curdo na cidade turca de Gaziantep, perto da fronteira com a Síria.

28 de junho: 47 pessoas – entre elas estrangeiros – morrem e mais de 200 ficam feridas em um triplo atentado suicida a bomba no aeroporto Ataturk, em Istambul. Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, mas as autoridades apontaram o Estado Islâmico.

7 de junho: Pelo menos sete policiais e quatro civis morreram quando uma bomba destruiu um veículo policial perto do centro histórico de Istambul. O TAK reivindicou o ataque e alertou turistas para se manterem à distância.

19 de março: Três israelenses e um iraniano são assassinados e dezenas ficam feridos em um atentado suicida na Istiklal Caddesi, uma das mais importantes avenidas do centro de Istambul. As autoridades culpam o Estado Islâmico.

13 de março: 34 pessoas morrem e dezenas ficam feridas em um atentado suicida com um carro-bomba em Ancara, em um ataque reivindicado pelo TAK.

17 de fevereiro: Pelo menos 28 pessoas morrem e cerca de 80 ficam feridas em um atentado suicida contra o Exército turco em Ancara. O TAK também declarou ser o responsável.

12 de janeiro: Doze turistas alemães morrem e mais de uma dezena ficam feridos em um atentado suicida realizado por um bombardeiro sírio no bairro de Sultanahmet, em Istambul, o antigo centro turístico da cidade e sede da Mesquita Azul. O primeiro-ministro diz que o bombardeiro pertencia ao Estado Islâmico.

No atentado mais sangrento da história da Turquia, 103 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas em 10 de outubro de 2015, em dois atentados suicidas a bomba realizados em uma marcha pró-curda pela paz em Ancara. O primeiro-ministro disse que o Estado Islâmico foi o principal suspeito.

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