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As primeiras-damas dos Estados Unidos e suas causas

Uma recapitulação dos papéis das esposas dos presidentes norte-americanos

Nos Estados Unidos não é raro que a primeira dama adote algum pilar da agenda política social. Hillary Clinton impulsionou, de maneira ativa, uma reforma do sistema de saúde durante a presidência de seu marido, Bill Clinton. No entanto, outras, como Pat Nixon, preferiram não atuar ativamente, dedicando-se a acompanhar o presidente. A seguir, vamos relembrar os papéis desempenhados pelas primeiras-damas norte-americanas durante as últimas décadas e apresentar as intenções de Melania Trump, esposa do recém-eleito Donald Trump.

Melania Trump, no passado mês de julho.
Melania Trump, no passado mês de julho.AP

Melania Trump: Ciberbullying

A futura primeira-dama dos Estados Unidos, que participou muito pouco durante a campanha eleitoral de seu marido, Donald Trump, anunciou dias antes das eleições que, ao chegar à Casa Branca, se dedicaria a combater a violência cibernética contra menores através das redes sociais, mais conhecida como ciberbullying. No entanto, Melania não irá morar na residência presidencial imediatamente, e alguns especulam que será a filha de Trump, Ivanka, quem assumirá o papel de “primeira-dama”. Ivanka já é uma integrante fundamental da equipe de Governo de transição do magnata, e deixou claro o seu desejo de trabalhar em favor de políticas relacionadas à mudança climática.

Michelle Obama, o passado 15 de novembro.
Michelle Obama, o passado 15 de novembro.Cheriss May (Cordon Press)

Michelle Obama: Dietas saudáveis em colégios e educação feminina

Michelle dedicou seus oito anos na Casa Branca a trabalhar na implementação de dietas mais saudáveis nos colégios do país, que possui o maior número de pessoas obesas no mundo. Além disso, a mulher do presidente Barack Obama lutou em favor da educação de meninas a nível global.

Laura Bush durante uma entrevista para a emissora CBS em 2013.
Laura Bush durante uma entrevista para a emissora CBS em 2013.CBS/Heather Wines (Cordon Press)

Laura Bush: Alfabetização infantil e inovação nas salas de aula

A mulher do presidente George W. Bush dedicou seus anos em Washington a promover a alfabetização de crianças em todo o país, seguindo o exemplo de sua sogra, Barbara Bush. Com seu programa, Ready to Read, Ready to Learn (Preparados para Ler, Praparados para aprender), Laura trabalhou para melhorar o treinamento recebido por professores e apoiar o uso de novos métodos nas salas-de-aula, sobretudo nos primeiros anos de escola. Depois do começo das guerras no Afeganistão e no Iraque, ela estendeu seu apoio à educação ao âmbito internacional.

Hillary Clinton, no passado mês de setembro.
Hillary Clinton, no passado mês de setembro.Brian Snyder (Reuters)

Hillary Clinton: Cobertura médica universal

Hillary Clinton, candidata democrata às eleições de 2016, se centrou na reforma do sistema de saúde durante sua estadia na Casa Branca com seu marido, o ex-presidente Bill Clinton. Hillary tentou tornar possível que os cidadãos tivessem acesso a uma cobertura universal, mas não teve êxito.

Barbara Bush, em junho de 1981.
Barbara Bush, em junho de 1981.Cordon Press

Barbara Bush: Aprovação da Lei de Alfabetização Nacional

Barbara Bush, mulher de George H. W. Bush, impulsionou a alfabetização e obteve a aprovação da Lei de Alfabetização Nacional, em 1991. Além disso, a primeira-dama criou a Barbara Bush Foundation for Family Literacy (Fundação Barbara Bush para a Educação Familiar, em tradução livre), com o objetivo de fomentar a leitura e o aprendizado das crianças desde cedo. Durante sua estadia na Casa Branca, ela participou como voluntária de numerosas tarefas em favor de diversas causas sociais.

Nancy Reagan, na Casa Branca.
Nancy Reagan, na Casa Branca.Cordon Press

Nancy Reagan: Luta contra o consumo de drogas

Nancy Reagan é conhecida por sua campanha Just Say No (Simplesmente diga não) para combater o consumo de drogas. Seu marido, o ex-presidente Ronald Reagan, aprovou uma lei, impulsionada pela campanha de Nancy, que estabelecia penas mínimas pelo uso ou posse de drogas. Essa legislação também conduziu à criticada “guerra contra as drogas” que resultou na prisão de milhões de pessoas.

Rosalyn Carter durante uma entrevista coletiva em Denver.
Rosalyn Carter durante uma entrevista coletiva em Denver.John Sunderland (Getty)

Rosalyn Carter: Melhora da assistência a pacientes com problemas de saúde mental

A mulher do ex-presidente Jimmy Carter centrou seus esforços no campo da saúde mental. Rosalyn utilizou seu protagonismo como primeira-dama para ressaltar a importância das doenças mentais e de outros transtornos psíquicos. Graças a seus esforços, ela conseguiu que a aprovação de várias leis para melhorar os centros dedicados a tratar este tipo de pacientes. Rosalyn e seu marido foram os primeiros a convidar um papa para visitar a Casa Branca.

Betty Ford decorando a árvore de natal da Casa Branca.
Betty Ford decorando a árvore de natal da Casa Branca.Cordon Press

Betty Ford: Igualdade de gênero, homossexualidade e legalização do aborto

Betty Ford, que se definia como uma mulher “normal que teve que entrar em cena” – com relação a seu posto como primeira-dama –, era uma mulher progressista que defendia abertamente a igualdade de gênero, a homossexualidade, a legalização do aborto e do consumo de maconha. Casada com o ex-presidente republicano Gerald Ford, Betty teve problemas públicos por causa do vício em drogas, e não dedicou esforços a nenhuma causa específica. No entanto, foi uma das grandes defensoras das mulheres e “reduziu o estigma social dos dependentes químicos”.

Pat Nixon, na Casa Branca.
Pat Nixon, na Casa Branca.Cordon Press

Pat Nixon: Programas de assistência social

Pat Nixon foi uma primeira dama muito ativa durante a presidência de seu marido, Richard Nixon. Pat se dedicava à promoção de programas de assistência social dedicados às classes mais baixas. Também foi uma grande defensora da educação a nível nacional e global.

Lady Bird Johnson, em dezembro de 1963.
Lady Bird Johnson, em dezembro de 1963.

Lady Bird Johnson: Preservação ambiental

Lady Bird, mulher do ex-presidente Lyndon B. Johnson, se empenhou na luta pela preservação do meio-ambiente e conseguiu aprovar uma lei que leva o seu nome, e estabelece normas para o embelezamento de estradas. Pioneira no campo da ecologia, trabalhou para encher Washington de jardins naturais e acabar com outdoors nas estradas.

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