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Ato contra PEC do Teto tem repressão policial e depredação em Brasília

Cerca de 40 pessoas ficaram feridas, sendo um policial esfaqueado e outro apedrejado Quatro manifestantes acabaram presos depois de depredarem carros e prédios

Manifestantes em protesto em frente ao Congresso.
Manifestantes em protesto em frente ao Congresso.JOEDSON ALVES (EFE)

Militantes vinculados a centrais sindicais, a movimentos sociais estudantis e a universidades foram fortemente reprimidos em um protesto contra a PEC do Teto de Gastos nesta terça-feira, em Brasília. A manifestação ocorria de maneira civilizada até que um carro foi tombado pelos manifestantes. O gramado do Congresso Nacional estava quase todo ocupado. Eram cerca de 10.000 pessoas, conforme a Polícia Militar, ou 50.000, de acordo com os organizadores.

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O ato começou a se tornar violento quando militantes vinculados à tática black bloc tombaram um carro da TV Record. A polícia levou cerca de dez minutos para começar a agir. Só começou quando esse grupo tentou romper, empurrado o carro tombado, um cordão policial que cercava uma das entradas do Legislativo. Quando os policiais reagiram, lançaram mais de cem bombas no meio dos manifestantes. Até quem não participava de nenhum ato violento foi alvo de bombas e spray de pimenta.

Foi o sinal para incendiar os ânimos de boa parte dos militantes. Eles foram empurrados para áreas distantes do Congresso e, por onde passaram, iniciaram depredações e fizeram pichações até em prédios históricos, como o Museu Nacional. Ao menos mais três carros foram depredados – um deles incendiado em frente à Catedral Metropolitana. O prédio do Ministério da Educação foi invadido e vários vidros e equipamentos danificados. Câmeras de segurança mostram que encapuzados entraram no prédio e destruíram o que viam pela frente.

Enquanto isso, a Polícia Militar do Governo Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) revidava com bombas de gás. A estratégia da PM era encurralar os manifestantes no local mais distante possível do Congresso Nacional. Conseguiram levá-los até a rodoviária do Plano Piloto, a 5 km de distância. Lá, enquanto os policiais lançavam bombas e alguns militantes as devolviam.

O resultado, 40 pessoas feridas, sendo duas delas policiais – um esfaqueado nas costas e outro apedrejado na cabeça. Ao menos quatro pessoas foram presas. Em notas ou pronunciamento, Rollemberg e o presidente Michel Temer (PMDB) repudiaram os atos violentos. Ambos defenderam a manifestação pacífica e a atuação das polícias Militar, Federal e da Força Nacional que reprimiram os militantes. A PEC 55, que já foi aprovada na Câmara, passou com facilidade em seu primeiro teste no Senado poucas horas depois. A medida ainda precisa passar por uma nova votação para ser incorporada à Constituição.

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