_
_
_
_
_

Ex-premiê português Antonio Guterres consegue a aprovação para ser o novo secretário-geral da ONU

Político é aprovado pelo Conselho de Segurança para suceder o sul-coreano Ban Ki-moon

Amanda Mars
Guterres na ONU em dezembro passado, quando comandava o ACNUR.
Guterres na ONU em dezembro passado, quando comandava o ACNUR.Salvatore Di Nolfi (AP)

O político português Antonio Guterres já está com o caminho aberto para ser nomeado como o novo secretário-geral das Organização das Nações Unidas (ONU). Ele passou pelo filtro do Conselho de Segurança, órgão cujos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França) detêm o verdadeiro poder de decisão. Guterres (Lisboa, 1949), ex-primeiro-ministro de seu país (1995-2002) e ex-responsável pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), lidera desde o começo a corrida pela sucessão de Bank Ki-moon, mas a votação desta quarta-feira era crucial, pois serviria para ver se algum desses países imporia um veto ao seu nome.

Mais informações
Obama faz um alerta na ONU contra populistas que erguem muros
ONU suspende envio de ajuda à Síria após ataque a comboio humanitário
Capacetes azuis montam rede de tráfico de alimentos no Líbano

A campanha para que fosse uma mulher a dirigir a ONU pela primeira vez nos 71 anos de história da instituição fracassou. Dos 13 nomes que participavam da disputa, apenas 10 chegaram a essa rodada decisiva. É a Assembleia Geral, constituída por 193 países, que deve aprovar a nomeação, depois de uma recomendação formal do Conselho de Segurança, que tem um total de 15 membros (os cinco permanentes, com poder de veto, e outros dez em forma de rodízio). Para fazer a recomendação, o Conselho precisa aprovar a decisão com pelo menos nove votos favoráveis e nenhum veto.

“Temos um claro favorito, e seu nome é Antonio Guterres”, admitiu após a reunião o embaixador russo na ONU, Vitali Churkin. A votação “formal” ocorrerá nesta quinta-feira às 10h (hora local) em Nova York, quando Guterres será indicado oficialmente. O mandato do atual secretário-geral, Ban Ki-moon, se encerra em 31 de dezembro próximo. É a primeira vez na história da ONU que o processo de seleção para o cargo ocorre de forma transparente, com os concorrentes sendo submetidos a audiências abertas a todos os países, não só aos integrantes do Conselho de Segurança.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_