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EL PAÍS Brasil ganha dois prêmios SIP de Excelência Jornalística 2016

Reportagens sobre a ditadura militar, produzidas por vários repórteres, e artigo de Eliane Brum são premiados

EL PAÍS Brasil vence prêmio com série de reportagens sobre os crimes da ditadura militar brasileira, revelados pelo relatório da Comissão da Verdade.
EL PAÍS Brasil vence prêmio com série de reportagens sobre os crimes da ditadura militar brasileira, revelados pelo relatório da Comissão da Verdade. AP

EL PAÍS Brasil, a edição em português de EL PAÍS, com sede em São Paulo, obteve dois prêmios de Excelência Jornalística 2016 da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

O primeiro deles, na categoria de Direitos Humanos e Serviço à Comunidade, foi concedido à série de reportagens e informações que EL PAÍS Brasil publicou em dezembro de 2014 após a divulgação do relatório da Comissão da Verdade, isto é, do conjunto de relatos e revelações sobre os crimes da ditadura brasileira. O júri destacou “a síntese, a linguagem direta e o profundo impacto humano das histórias pessoais” das matérias publicadas por EL PAÍS Brasil, elaboradas por Talita Bedinelli, Heloísa Mendonça, Raquel Seco, Afonso Benites, Marina Rossi, Gil Alessi, María Martín, Carla Jiménez e Antonio Jiménez Barca.

O segundo prêmio foi na categoria Opinião. A colunista de EL PAÍS Brasil Eliane Brum foi a vencedora com o artigo A mais maldita das heranças do PT. O júri ressaltou que Brum, “com uma redação elegante e amena, descreve a crise do Partido dos Trabalhadores (PT) e, em geral, da esquerda brasileira e motivou um intenso debate tanto nas redes sociais como em outras publicações.”

Veja algumas das reportagens premiadas:

Brasil reescreve a sua história ao revelar detalhes da ditadura

Nas mais de 1.300 páginas entregues à Dilma Rousseff, ela própria presa e torturada pelos militares e ouvida no documento, o texto detalha, além dos métodos de tortura, execuções, ocultação de cadáveres, detenções ilegais e desaparecimentos forçados que, “dada a escala e a sistematicidade com que foram cometidos, constituem crimes contra a humanidade, e não são passíveis de anistia”.

A máquina de escrever que evitava torturas

Presos da ditadura enfrentavam com frequência um problema básico: informar os seus familiares de que ainda estavam vivos

“Eu acho, não, tenho quase certeza que eu não fui estuprada”

Detalhes aterrorizantes do relatório mostram que a violência sexual ultrapassou “todos os limites da dignidade humana”

Da Casa de Horrores do Ceará aos navios-prisões do Sul do país

Comissão da Verdade lista 11 locais secretos usados pelos militares para torturar e matar militantes da esquerda no Brasil

O relatório sobre a ditadura em três histórias

“Os militares diziam que a tortura não passa nunca. Eles tinham razão. A marca não sai, seja no corpo, seja na cabeça.”

“As marcas da tortura sou eu. Fazem parte de mim”

“Eu tinha 19 anos, fiquei três anos na cadeia e fui barbaramente torturada, senador. E qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogadores compromete a vida dos seus iguais”, disse Dilma Rousseff. 

A mais maldita das heranças do PT

"O partido das ruas perdeu as ruas – menos porque foi expulso, mais porque se esqueceu de caminhar por elas. Ou, pior, acreditou que não precisava mais."

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