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10 bilhões de pessoas povoarão a Terra em 2053

A África dobrará sua população, enquanto países europeus perderão até 20% de seus habitantes

Foto: reuters_live | Vídeo: Tomohiro Ohsumi
Miguel Ángel Criado

Dos 7,4 bilhões de seres humanos que existem sobre este planeta no momento, passaremos a 10 bilhões em 2053. Este terço extra de humanos se dividirá de forma muito desigual: a população asiática continuará crescendo, mas em um ritmo menor, assim como a americana. Mas dois extremos serão a África, onde o número duplicará, e a Europa, com países como a Espanha, Alemanha ou Romênia, que perderão até 20% de sua população. Estes são apenas alguns dos muitos dados do novo relatório do Population Reference Bureau (PRB).

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Desde 1962, esta organização, financiada por várias fundações norte-americanas e a Agência para o Desenvolvimento dos EUA, publica relatórios sobre demografia, recursos e desenvolvimento humano. O deste ano é dedicado especialmente a como o planeta conseguirá sustentar tanta população em situações tão extremas.

A World Population Data Sheet de 2016 estima que em 2030 já haverá 8,5 bilhões de habitantes e, em 2050, a população terá crescido 33% em relação à atual, até os 9,9 bilhões. Será preciso esperar três anos mais para chegar à cifra redonda dos 10 bilhões.

Mas o mais interessante desse número será sua distribuição geográfica e a pirâmide populacional. Muitos dos acontecimentos sociais, processos econômicos, cataclismos humanos e problemas políticos dependerão desses dois fatores. Por exemplo, a projeção que aponta que a população da África, especialmente a subsaariana, dobrará, passando dos 1,203 bilhões atuais para os 2,527 em meados dos anos 2050 prevê que a pressão migratória sobre a Europa não cairá.

Ao mesmo tempo, e de forma paradoxal, cada vez haverá menos europeus, e mais velhos. Desde os Montes Urais até a costa da Irlanda, a população cairá 12 milhões de habitantes. Mas o total esconde grandes diferenças. Assim, enquanto Alemanha e Ucrânia perderão mais de nove milhões de cidadãos, Reino Unido e França ganharão em torno de 10 milhões. Entre os países que mais perdem estão Espanha, com 3,5 milhões de espanhóis a menos, e Romênia, que perderá quase 30% de sua população.

Estes são os oito países que mais pessoas perderão.
Estes são os oito países que mais pessoas perderão.PRB

Em relação à pirâmide populacional, o relatório confirma projeções anteriores. Hoje já existe uma grande diferença entre países desenvolvidos e menos desenvolvidos: apesar de a quarta parte da população mundial estar abaixo de 15 anos, apenas 16% dos jovens dessa idade vivem nos países mais ricos, diante de 41% que representam os mais pobres. O Japão, seguido de perto por alguns países europeus, tem 27% de sua população acima dos 65 anos. No extremo oposto, os países do golfo, como Catar e Emirados Árabes Unidos, têm apenas 1% de aposentados.

O relatório não se restringe à evolução da população. Estes são alguns de seus dados que mais chamam a atenção:

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