_
_
_
_
_

Detido um boxeador marroquino por abusar de duas camareiras na Vila Olímpica

Hassan Saada, de 22 anos, já está na prisão. É o segundo caso de abuso em instalações olímpicas em uma semana

María Martín
O boxeador Hassan Saada.
O boxeador Hassan Saada.Reprodução/Facebook
Mais informações
Uma Vila Olímpica colorida e com cheiro de batata frita
“O Brasil todo está falando da cultura do estupro hoje, mas ainda é pouco”
As ‘gambiarras’ da Vila Olímpica
Falso diplomata russo mata um assaltante ao lado da Vila Olímpica do Rio

O boxeador marroquino Hassan Saada, de 22 anos, foi detido nesta sexta-feira na Vila Olímpica, a poucas horas do início da cerimônia de abertura, por abusar sexualmente de duas camareiras.

A polícia afirmou que na quarta-feira o atleta olímpico chamou as duas mulheres como se precisasse de algo dentro de seu quarto e, quando entraram, passou as mãos nelas, até conseguirem fugir. Ele colocou uma delas contra a parede, pressionando-a com as coxas, e tentou beijá-la, enquanto na outra tocou nos seios e pediu que o masturbasse. No quarto havia, supostamente, outros dois atletas que não tomaram parte.

As mulheres denunciaram os fatos na delegacia e o Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio de Janeiro decretou a prisão temporária de 15 dias. A juíza responsável citou, para justificar a detenção, a possibilidade de que o boxeador reincida na agressão e possa influir nas investigações. A magistrada argumentou também que Saada não tem residência fixa no Brasil e que teme que fuja do país. A obrigação de cumprir as leis brasileiras é para "absolutamente todos", disse.

Saada responderá pelo artigo 213 do Código Penal, que contempla o uso da força para obrigar alguém à conjunção carnal ou praticar um ato libidinoso. No Brasil esse artigo se aplica para os casos de estupro, independentemente de ter sido consumado ou não o ato sexual.

O atleta tinha seu primeiro combate programado para este sábado, contra o turco Mehmet Nadir Unal, mas, por ora, tudo indica que passará o fim de semana na prisão.

Este é o segundo caso de abuso sexual nas instalações olímpicas. No domingo um vigilante de uma empresa privada contratada para garantir a segurança dentro do Parque Olímpico foi preso acusado de passar a mão debaixo do uniforme de uma bombeira. A mulher dormia depois de terminar seu turno no Velódromo Olímpico.

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_