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Nadal: “Vamos ver o que posso fazer”

O espanhol faz testes no Rio reiterando a incerteza sobre sua forma física “Vou treinar alguns dias e decidir”, diz

Faustino Sáez
Nadal treinando em Rio
Nadal treinando em RioJulian Finney (Getty Images)
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“Faz dois meses que não participo de nenhuma competição e não tenho treinado muito. Vou treinar alguns dias aqui para ver o que posso fazer e depois decido o que é melhor para mim e para a equipe”, disse Rafael Nadal depois de seu primeiro contato com as quadras do Parque Olímpico do Rio de Janeiro. Nadal, que na sexta-feira carregará a bandeira da delegação espanhola no desfile da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Maracanã, voltou a falar assim da incerteza sobre seu estado físico depois de duas horas de treinamento junto ao número dois da equipe, David Ferrer. “Não vou estar no melhor nível em nenhuma das categorias”, confessou o campeão olímpico em Pequim 2008.

Em 27 de maio, Nadal abandonou Roland Garros por causa de uma inflamação no tendão do pulso esquerdo que arrastava desde as quartas de final do Masters 1.000 de Madri e que se transformou em um tormento para o espanhol. A mesma lesão o obrigou, em 9 de junho, a desistir de sua participação em Wimbledon. “Não marcamos uma data para o retorno. Não queremos colocar em risco sua participação nos Jogos Olímpicos”, disse Toni Nadal na época.

Scariolo: “A Vila está melhor do que foi publicado”

A equipe espanhola de basquete já conhece a Vila Olímpica, que esteve envolvida em polêmica após sua estreia pelas supostas deficiências que apresenta. Foi o próprio treinador, Sergio Scariolo, que saiu em defesa das instalações. “Primeira noite na Vila Olímpica. Muito melhor do que foi publicado, e grande disponibilidade do pessoal”, publicou o italiano no Twitter.

Nos dois meses prévios à viagem ao Rio, Nadal não conseguiu completar muitos treinos. Começou a bater na bola na quadra em 10 de julho, 44 dias depois de abandonar Roland Garros e apenas 20 dias antes do início da competição no Brasil, fazendo alguns testes com Andy Murray nas instalações da nova academia do escocês em Mallorca. O espanhol e Garbiñe Muguruza, terceira na WTA, chegam ao Rio sem ter competido nos últimos torneios de seus respectivos circuitos. Os dois competem, a priori, por cinco medalhas para a Espanha nos Jogos Olímpicos: Nadal, no individual e duplas masculinas; Muguruza, no feminino; e, juntos, nas duplas mistas.

Os próximos treinos no Brasil vão marcar o calendário olímpico de Nadal, que não quer repetir a história de 2012 quando, uma semana antes do início dos Jogos de Londres, para os quais também foi eleito para levar a bandeira, teve que desistir por causa de uma lesão no joelho.

Também no domingo foi divulgado o impacto estatístico da ausência prolongada de Nadal nas quadras. Stanislas Wawrinka arrebatou o quarto posto do espanhol na atualização do ranking mundial da ATP. O sérvio Novak Djokovic, número um do mundo indiscutível desde 7 de julho de 2014, aumentou em mil pontos sua vantagem sobre o segundo colocado, Andy Murray, após sua vitória no Masters 1000 de Toronto.

O tênis é um dos esportes que registrou algumas das baixas mais significativas dos Jogos Olímpicos. Há poucos dias, o suíço Roger Federer anunciou que não iria ao Rio por causa de uma lesão no joelho, enquanto o checo Tomas Berdych e o canadense Milos Raonic, recente finalista de Wimbledon, renunciaram por medo do Zika vírus.

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