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‘Procurando Dory’ apresenta primeiro personagem transgênero da Disney

Filme também inclui casal de lésbicas A empresa procura novos públicos e prepara ‘Vaiana’, protagonizada por uma maori

Semanas atrás, o primeiro trailer de Procurando Dory trouxe uma série de especulações sobre a inclusão de um casal de lésbicas no filme, que estreia no Brasil em 30 de junho. E agora Ellen DeGeneres, que dá voz à peixinha desmemoriada na versão original da animação da Pixar, abriu o debate com declarações no USA Today. A atriz e apresentadora revelou que o longa inclui um personagem transgênero, o primeiro de um filme da Disney. Trata-se de uma raia que já aparecia em Procurando Nemo, o professor dos peixes. “Ele se transforma de Sting-Ray [jogo de palavras para dizer “raia”, em inglês] em Sting-Rhonda [em alusão a um nome feminino]”, disse DeGeneres. Na versão dublada em espanhol, contudo, a mudança é difícil de perceber.  

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DeGeneres não quis aumentar as especulações sobre o suposto casal de lésbicas com um bebê que aparece no trailer de Procurando Dory, dizendo que nem ela conhece o que há de certo nos rumores. “Uma das mulheres tem um cabelo curto horrível, o que me parece muito ofensivo. O fato de ter o cabelo curto e feio não significa que ela seja gay. Simplesmente tem um cabeleireiro ruim. Desconheço se esse é o caso”, brinca a atriz. O caso é que o filme tampouco esclarece o assunto, deixando que os espectadores interpretem livremente a sexualidade das duas mulheres, já que só aparecem durante alguns segundos.

De todo jeito, esses dois elementos LGBT no novo filme da Disney parecem reforçar a abertura da empresa a novos públicos, além de uma maior inclusão e diversidade. A reivindicação da comunidade gay por maior representatividade nas produções começou a ser ouvida, sobretudo com o lançamento de Frozen – Uma Aventura Congelante. A canção do filme, Let It Go, foi inclusive adaptada ao hino LGBT. Em breve estreia a segunda parte, e uma verdadeira multidão nas redes sociais pede que a princesa Disney saia do armário com o hashtag #GiveElsaAGirlfriend.

Não será a única minoria representada nas próximas estreias de animações da companhia. Diante das polêmicas sobre o monopólio dos homens brancos e heterossexuais em Hollywood, que já afetaram os Oscar, a Disney tenta abrir novos horizontes. Acaba de lançar o primeiro trailer de Vaiana, que chega em breve à telona contando a história de uma adolescente maori. Ano que vem será a vez de Coco, longa-metragem inspirado na festa mexicana do Dia dos Mortos, com um sinal de abertura evidente ao público hispano dos Estados Unidos, que adquire 25% das entradas de cinema do país.

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