_
_
_
_
_

Sobreviventes do tiroteio em Orlando: “Havia sangue por toda parte”

Testemunhas do massacre dizem que muitas das vítimas foram atingidas quando tentavam escapar do local

Gritos, tiros, sangue e muito medo, isso é o que aconteceu no interior do clube noturno de Orlando (Flórida), no pior atentado a tiros da história dos Estados Unidos. Assim descreveram os sobreviventes e algumas das testemunhas do tiroteio, que estiveram durante horas no local, desde que o ataque começou até as forças de segurança entrarem no lugar. Fontes policiais confirmaram que cerca de 320 pessoas estavam dentro da boate no momento do ataque, que até agora deixou pelo menos 50 mortos e 53 feridos, a maioria em estado crítico.

Mais informações
Estado Islâmico assume autoria do ataque em Orlando
Barack Obama: “É um ato de terror e um ato de ódio”
Omar Mateen: norte-americano, 29 anos, homofóbico e monitorado pelo FBI
A Parada do Orgulho Gay mais triste da América com o ataque em Orlando
Atentado em Orlando: um golpe para a comunidade gay
Ódio e armas: combinação letal nos EUA

Rosie Feba, que conseguiu escapar do local com sua namorada, disse que o tiroteio começou perto da hora de fechar. “Ela me disse que alguém estava atirando. Todo mundo se jogou no chão”, disse, e acrescentou que a princípio pensou que “não era real”. “Achei que era parte da música até que vi o fogo de uma arma”, afirma. “Eram cerca de duas da manhã, quando alguém começou a atirar. As pessoas se jogaram no chão”, disse um dos clientes do clube, Ricardo Negron, para a Sky News. “Foram disparos contínuos durante quase um minuto, embora tenha parecido muito mais”, diz ele.

O clube celebrava uma festa latina nessa noite. Cristopher Hansen, que estava no interior durante o tiroteio afirmou que se jogou no chão quando ouviu os tiros, “mais de 40” em suas palavras. “Eu caí e me arrastei para fora. As pessoas estavam tentando escapar pela parte de trás do clube. Havia sangue por toda parte e fiquei ajudando as pessoas que estavam ao meu redor. Perguntava se estavam vivas e tentava reanimá-las”.

Luis Burbano, que também estava no bar, disse à rede ABC que achou que era a música, mas quando começou a ver que as pessoas se jogavam no chão entendeu o que estava acontecendo. “Me joguei no chão e não parava de ouvir gritos, não foi apenas uma rajada de disparos, foram várias e as pessoas que estavam de pé caíam no chão feridas”. Outra testemunha assegurou à CNN que, quando se levantou após a morte do agressor para ajudar as pessoas, não sabia se o sangue era dele ou dos feridos. “Não vi os agressores, só vi corpos caindo quando fui pedir uma bebida no bar”, lembrou

Várias testemunhas afirmaram também que se esconderam no banheiro e ligaram para o número de emergência durante o massacre.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_