_
_
_
_
_

Governo Temer tem 11% de apoio e impeachment é aprovado por 62,4%

Primeira pesquisa após saída de Dilma mostra país dividido sobre antecipação de eleições

Fernando Bizerra Jr. (EFE)

O Governo interino de Michel Temer ainda não completou um mês (12 de junho), o que para especialistas em pesquisas de opinião, é pouco tempo para avaliar o apoio popular de um chefe de Estado. Mas, a Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade que trabalha em conjunto com a MDA Pesquisas, decidiu medir a popularidade de Temer, que enfrenta uma crise política e econômica que consomem o país, acossada ainda por denúncias da Lava Jato. Nesta quarta, a primeira grande pesquisa de opinião sobre a situação política brasileira desde abril, feita com cerca de 2.000 pessoas entre 2 e 5 de junho, mostra que para 28% dos entrevistados a avaliação do atual Governo é negativa, enquanto a taxa de positiva é de 11,3%. Outros 30,2% consideram a Gestão do presidente interino regular e 30,5% não souberam opinar.

Mais informações
Temer inaugura a república evangélica
Sem pesquisas, fica a dúvida: como está a popularidade de Temer e Dilma?
Furacão Lava Jato atinge partidos tradicionais a quatro meses da eleição

Já no quesito desempenho pessoal, Temer aparece com 40,4% de desaprovação, 33,8% de aprovação e 25,8% não souberam opinar. Em comparação com a última pesquisa da entidade, feita em fevereiro, o presidente interino goza de melhor aprovação que Dilma Rousseff. Na época, a presidenta afastada tinha 21,8% de aprovação em seu desempenho pessoal e 73,8% de desaprovação. Contudo, em fevereiro os que não souberam opinar somavam 4,3% e hoje são 25,8% chama a atenção.

Impeachment e eleições

Quando o assunto é o impeachment de Dilma, 62,4% das pessoas acreditam que a decisão de afastar a presidenta estava correta e 33,0% defende que foi um erro. Já 61,5% acreditam que o processo de impedimento foi legítimo e 33,3% que foi viciado. Apenas 25,3% acreditam que a presidenta afastada reassumirá a presidência ao final do processo no Senado Federal, contra 68,2% que acreditam que  o impedimento é definitivo e que Michel Temer permanecerá no cargo.

A antecipação das eleições presidenciais é um dos temas que mais divide opiniões. 50,3% acreditam que elas deveriam ser antecipadas e 46,1% que não. No campo eleitoral, em um cenário amplo com 10 candidatos, caso a disputa fosse hoje, Lula aparece no topo com 8,6% das intenções em um primeiro turno. Aécio Neves, que despencou de 10,7% de intenções em fevereiro para 5,7% hoje, aparece em segundo. Curiosamente, Dilma Rousseff, que na última pesquisa tinha 1,6% de intenções, agora tem 2,3%, aparecendo na frente inclusive de Michel Temer, que conta com 2,1% contra 0,1% em fevereiro.

Intenção de voto espontânea para presidente, caso a eleição fosse hoje
Intenção de voto espontânea para presidente, caso a eleição fosse hojeReprodução

Em um segundo turno, contudo, Lula só aparece na frente de uma disputa contra Michel Temer, ficando para trás tanto contra Marina Silva como contra Aécio Neves. A desconfiança em relação ao ex-presidente se manteve praticamente igual em relação a última pesquisa de fevereiro. À época, 70,3% consideravam que ele é culpado pela corrupção que está sendo investigada na Operação lava Jato, hoje essa porcentagem é de 71,4%.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_