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Facebook muda seu módulo de tendências depois das críticas por censura

Rede social anuncia alterações em alguns procedimentos nessa seção

O criador do Facebook, Mark Zuckerberg.
O criador do Facebook, Mark Zuckerberg.EFE

O Facebook informou nesta segunda-feira que mudou alguns procedimentos relacionados com seu módulo de tendências, depois das acusações de censura na rede social. Um ex-funcionário da empresa disse há algumas semanas que essa rede social eliminava de forma sistemática as notícias de interesse para leitores conservadores dos Estados Unidos. O criador do Facebook, Mark Zuckerberg, indicou então que até aquele momento não haviam encontrado "nenhuma prova de que isso fosse certo", mas anunciou uma investigação. E agora a rede social destaca que, depois da análise interna, continua sem ter achado provas de viés político em sua seleção de notícias. No entanto, anunciou modificações em seu módulo de tendências.

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O Facebook afirmou ter introduzido algumas mudanças, incluindo a eliminação de uma lista de dez páginas na Internet, mais treinamento e um guia mais claro que ajude os editores a evitar viés ideológico ou político, e uma revisão exaustiva dos procedimentos nesse módulo de tendências.

No início do mês um ex-funcionário do Facebook acusou a empresa de suprimir de forma deliberada as notícias conservadoras. O site de informação tecnológica Gizmodo repercutiu as acusações, embora sem revelar a identidade do ex-empregado da rede social. Depois dessas informações, o senador republicano John Thune escreveu uma carta pedindo uma explicação e, passados dois dias, o Facebook publicou um esclarecimento sobre o mecanismo pelo qual seu módulo de tendências se pauta.

Anteriormente, a rede social nunca havia entrado em detalhes sobre o funcionamento desse módulo, que dá destaque a temas e notícias no canto superior direito de sua página principal. O Facebook insistiu em que sua investigação revela que as notícias conservadoras faziam parte do módulo de tendências praticamente no mesmo nível que as não conservadoras.

A rede social argumentou que as acusações de eliminação de notícias por interesse político não têm fundamento. Mas não descarta a hipótese de erros humanos na seleção de notícias. "Nossa investigação não pode excluir totalmente a possibilidade de que tenham ocorrido de forma isolada ações com viés, inadequadas ou não intencionais na aplicação de nossa orientação ou nossas políticas", escreveu Colin Stretch, executivo da parte jurídica do Facebook, no blog da empresa.

Na semana passada, Zuckerberg se reuniu com mais de uma dezena de políticos conservadores e personalidades dos meios de comunicação para discutir assuntos relacionados com a confiança na rede social. Em sua carta, o senador republicano Thunes havia instado o Facebook a responder às críticas. "Qualquer tentativa de uma plataforma neutra e inclusiva de censurar ou manipular a discussão política é um abuso da confiança e é inconsistente com os valores de uma rede aberta", escreveu Thune.

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