_
_
_
_
_

Zidane: “Não trocaria tudo o que ganhei pelo 11º título”

O técnico do Real Madrid, que comandará sua primeira final cinco meses depois de estrear, diz que gostaria que já fosse sábado e pudesse jogar em San Siro

Zinedine Zidane, nesta terça-feira, na coletiva de imprensa do Real Madrid. LUIS SEVILHANO O PAISFoto: atlas
Eleonora Giovio

Zinedine Zidane se assustou ao ver a quantidade de jornalistas que invadiu a Ciudad Deportiva do Real Madrid para o “Open Media Day”. Havia um mar de câmeras e de veículos representados. Enquanto Pepe falava, sentado a seu lado, Zizou escutava todos os presentes com um rosto sério. Assim que ligaram seu microfone, voltamos a ver o Zidane de sempre: alegre, sorridente e esperançoso. “Que sorte eu tenho de poder estar nesta final. Hoje é terça-feira e eu gostaria que já fosse sábado. Todos nós gostaríamos de jogar a final... Bom, eu não vou exatamente jogar”, comentou o treinador do Real Madrid, entre as gargalhadas gerais.

Em San Siro, Zidane viverá sua primeira final como técnico. Em Lisboa, passou pela experiência como assistente de Carlo Ancelotti e não quis fazer comparações entre aquele Real e este Real. Simplesmente disse que a equipe chega bem fisicamente, mas que isso não quer dizer nada. Afirmou que Cristiano estará em perfeitas condições no próximo sábado (ele não participou do jogo-treino do último sábado por precaução), e lamentou a ausência de Varane. “O único problema é o de Varane e isso sim é grave. Ele viajará conosco, mas não poderá jogar. Espero que ele esteja na Eurocopa, mas não vai estar pronto antes de duas ou três semanas”, explicou o técnico.

Mais informações
O ‘milagre’ de Zidane
O Barcelona, campeão dos campeões
‘O Rei’, do Maracanã a Hollywood
Futebol e tecnologia dão as mãos no Google

Zidane adiantou que para vencer o Atlético de Madrid não será suficiente ter a posse de bola, e que o time deverá sofrer até o fim. “Vou enfrentar isso com tranquilidade, determinação e paciência. É preciso ter um pouco de tudo”, explicou. Sua última derrota foi, precisamente, contra o Atlético, no fim de fevereiro. “O que mudou?”, perguntaram. “Passaram dois meses”, respondeu, com um sorriso. “Será um fracasso perder no sábado?”, insistiram. “Fracasso seria não darmos tudo de nós”, disse.

“Trocaria tudo o que ganhou como jogador para ganhar La Undécima [o 11º título da Champions League]?”, interrogou um jornalista. “Não, não”, soltou, provocando risos entre todos os presentes. “O que eu tenho, eu tenho, e ninguém vai me tirar. Vamos tentar fazer o máximo para ganhar no sábado”, concluiu antes de descer ao gramado para dirigir o treino.

A sessão teve apenas um pequeno contratempo. Cristiano se retirou depois de um encontrão com o goleiro reserva Kiko Casilla. O português, com dores por causa do golpe, não respondeu à pergunta sobre como se encontrava.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_