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Luis Enrique: “O Barcelona merece o título do Campeonato Espanhol”

O técnico do Barcelona avalia que, pelo jogo e pelo total de rodadas na liderança da Liga BBVA, deveriam levar o troféu

Luis Enrique, técnico do Barcelona.
Luis Enrique, técnico do Barcelona.Vicens Gimenez

Luis Enrique fez aniversário no domingo e comemorou goleando o Espanyol, restando apenas uma vitória contra o Granada para conquistar o Campeonato Espanhol. Acredita que pode ser otimista devido ao nível de jogo porque, a seus olhos, o Barcelona está levando o final da temporada “da melhor maneira possível, na defesa e no ataque”. Para o técnico, o resultado reforça as expectativas positivas da equipe “pelo jogo e resultado”, entre outras coisas, porque no final da partida o time não se lembrava do rival em nenhuma ocasião. Mas ele sabe que agora tudo depende de um jogo, o de Los Cármenes. "Depois de 37 rodadas, falta terminar e ganhar a Liga. Acredito que nós a merecemos. Foi muito disputada, embora não parecesse às vezes, e agora está um passinho mais perto. Pelo número de rodadas que temos sido líderes e pelo jogo que apresentamos, nós merecemos, mas o melhor é o que chega primeiro ao final”, alertou o técnico.

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Admitiu que, se na disputa só resta o Real Madrid, porque o Atlético ficou para trás no domingo, é uma variável que não altera seus planos. Mas reconhece o mérito dos jogadores de Zidane, porque, se chegam com opções, é simplesmente porque “merecem tanto quanto nós”. Admitiu também que disputar a Liga em apenas uma partida no campo do adversário “tem uma desvantagem”, mas reconheceu que sua obsessão é conseguir que mantenham contra o Granada o bom desempenho dos últimos quatro jogos, nos quais a equipe marcou 21 gols sem levar nenhum. “É preciso deixar fluir o futebol”, disse, avisando que o objetivo é demasiado óbvio, idêntico ao de outras partidas. “Vamos buscar o de sempre, ganhar a partida pela forma como interpretamos este esporte, sendo positivos”, afirmou.

“Que flua o futebol”

Vamos tentar o de sempre, ganhar a partida através de nossa interpretação desse esporte Luis Enrique, técnico do Barça

Antes de se dirigir à sala de imprensa, refutou a hipótese de que exista uma disputa entre seu estilo, o de Guardiola e o de Simeone, mas aproveitou para dizer que não existe um torcedor no mundo que não gostaria de ver Pep Guardiola treinando seu time. “E se existe, pior para ele; eu sei muito bem qual foi sua contribuição ao futebol”, comentou. Mas também não acha que é uma vantagem o fato do Granada não ter mais nenhuma ambição no campeonato, uma vez que conquistou no domingo os pontos que o mantém na primeira divisão. “Nunca se sabe o que é melhor, que joguem relaxados ou com a pressão do rebaixamento”, falou.

“Nós jogaremos contra eles da mesma forma. É preciso vencer e não será fácil, mas não podemos falhar. Perdemos uma boa vantagem e disputamos o Campeonato Espanhol na última partida, de modo que o resto não faz diferença”, disse Busquets, que no domingo voltou a jogar em excelente nível. E acrescentou: “Ninguém estará mais motivado do que nós”. Rakitic se manifestou de forma semelhante: “Sabemos o que precisamos fazer e é preciso manter o foco. A vontade da equipe ficou clara nos últimos 10 minutos dessa partida, apertando e demonstrando que queremos mais”.

Piqué, por sua vez, falou carinhosamente sobre Arbeloa, que no domingo se despediu do Bernabéu: “Sua carreira fala por ele, lhe desejo o melhor”. E disse que em alguns momentos dessa temporada talvez tenha se equivocado “no tom” de suas mensagens; “poderíamos ter nos contido”. Depois, retomou o discurso azul-grená: “Dependemos de nós para conquistar o campeonato e jogaremos tudo em Granada. Precisamos fazer nosso trabalho e ponto”.

“O resultado é doloroso, mas conquistamos a permanência"

JUAN I. IRIGOYEN

Neymar acabava de marcar o quinto gol do Barcelona, aos 35 minutos do segundo tempo do clássico, e Messi chutou a bola ao meio do campo para que Piqué a colocasse no círculo central. O time azul-grená não estava satisfeito. "Depois de tudo o que aconteceu nas últimas partidas, eles estavam com muita vontade", afirmaram os jogadores da equipe azul e branca nos vestiários do Camp Nou. O Espanyol chegou a Les Corts com a calculadora nas mãos e saiu do estádio do Barcelona com uma sacola de gols nas costas, mas com a permanência nos bolsos. "Estamos salvos, mas a imagem final da equipe precisa ser melhorada. Não fomos ousados como gostaríamos", disse Galca. "Estamos contentes porque conquistamos a permanência, que era nosso principal objetivo, mas machucados pelo resultado", afirmou Victor Sánchez.

“Estávamos sem dois jogadores (Álvaro e Óscar Duarte) e Felipe [Caicedo] saiu no intervalo porque sentiu uma contusão”, justificou-se Galca; “no primeiro tempo, jogamos bem e mesmo sem chegar muito ao gol adversário, fechamos bem as infiltrações do Barcelona”. O técnico romeno não quis falar de seu futuro e acrescentou: “O segundo gol do rival saiu de uma falha nossa e o terceiro nos afundou”.

“Nossa temporada foi complicada, mas conseguimos salvá-la. Não vamos nos esconder, não estivemos vem. Foi um ano decepcionante”, frisou Victor Sánchez. “Foi uma temporada difícil, atípica, e sofremos muito”, disse Javi López. “Agora vamos nos planejar para a partida da próxima semana, é preciso vencê-la diante de nossa torcida e terminar esse ano ruim”, completou Pau López, que recebeu 13 finalizações em sua meta, mais uma vez no olho do furacão no Camp Nou.

O goleiro declarou em entrevista antes do jogo que gostaria que o campeonato ficasse em Madri e a torcida azul-grená não o perdoou. Especialmente por ter pisado em Messi no último duelo no Camp Nou. “Eu gosto de ser vaiado, acho engraçado”, afirmou o goleiro de 21 anos, que de acordo com a comissão técnica prestou mais atenção “nos torcedores do que no jogo”, e falhou clamorosamente no quarto gol. “É normal que eu não goste que nosso rival ganhe títulos”, disse Pau, que durante a partida discutiu com Luis Suárez e Piqué. “É um clássico, a rivalidade é normal. O que acontece dentro de campo fica dentro de campo, já esqueci tudo”, finalizou.

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