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França reforça sua segurança após os ataques terroristas em Bruxelas

O Governo francês ordena a mobilização de soldados e policiais em fronteiras e espaços públicos

Soldados franceses controlam a estação de trem de Lyon nesta terça.
Soldados franceses controlam a estação de trem de Lyon nesta terça.AP
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Depois de uma reunião de crise convocada esta manhã no Palácio do Eliseu pelo presidente François Hollande, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, anunciou um contingente de cerca de 1.600 soldados e policiais adicionais tanto nas fronteiras com nos espaços públicos aéreos, marítimos e portuários de todo o território francês depois dos atentados desta terça-feira em Bruxelas. Cerca de 400 efetivos foram mobilizados para reforçar a segurança nos aeroportos, estações de trem, metrô e espaços públicos da região de Paris, especialmente nos aeroportos Charles de Gaulle e Orly, e outros 600 efetivos se deslocaram no resto do país, abalado pelo terrorismo jihadista depois dos atentados de 13 de novembro passado, que custaram a vida de 130 pessoas.

Nos transportes públicos, as autoridades francesas limitaram o acesso aos espaços públicos às pessoas com bilhete ou cédula de identidade. Além disso, foram transmitidas mensagens de sensibilização, patrulhas militares do dispositivo antiterrorista foram acionadas e reforçou-se as medidas de controles e de busca.

“O terrorismo atacou a Bélgica, mas o objetivo era a Europa e isso afeta o mundo inteiro”, declarou o presidente Hollande, que transmitiu sua solidariedade ao povo e às autoridades belgas depois dos “covardes e odiosos atentados”. “Precisamos tomar consciência da importância e da gravidade da ameaça terrorista”, acrescentou, recordando os atentados que abalaram Paris em janeiro de 2015, nos quais morreram 17 pessoas, e em novembro, que deixaram 130 mortos.

“Estamos diante de uma ameaça global que exige uma resposta global (...) A guerra contra o terrorismo deve ser travada em toda a Europa, com os meios necessários, em particular no que se refere aos serviços de inteligência”, afirmou durante sua declaração institucional. “Temos de agir também em nível internacional”, acrescentou, referindo-se às intervenções na Síria e no Iraque contra o Estado Islâmico e nas operações antiterroristas no continente africano em que a França está presente. “Estamos em guerra, sofremos há meses atos de guerra na Europa e diante desta guerra precisamos de mobilização constante”, assegurou por sua vez o primeiro-ministro francês Manuel Valls.

Sobre a necessidade de aumentar a cooperação europeia, o responsável pelo Ministério do Interior, Cazeneuve, insistiu na“urgência de incluir o PNR [Passenger Name Recorde, um arquivo dos passageiros de avião que circulam pelo espaço europeu] na ordem do dia dos debates do Parlamento” e na necessidade de criar uma força europeia de luta contra a documentação falsa que conte com “os melhores especialistas de cada país” e que possa agir nas fronteiras exteriores da União Europeia “o quanto antes”.

oldados do Exército francês patrulham na terça-feira, dia 22, o aeroporto Charles de Gaulle, no norte de Paris.
oldados do Exército francês patrulham na terça-feira, dia 22, o aeroporto Charles de Gaulle, no norte de Paris.Michel Euler / AP

Desde os atentados de novembro, a França restabeleceu os controles em suas fronteiras (uma medida inicialmente prevista em função da realização da reunião do clima em dezembro e que se manteve devido ao alerta terrorista), segundo recordou Cazeneuve. No total foram designados 5.000 policiais e soldados aos controles de fronteira, “em particular os do norte”, divididos em 220 postos. Comprovou-se a identidade de cerca de seis milhões de pessoas nesses quatro meses, e para 10.000 foi negada a entrada no território francês.

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