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Acidente de ônibus na Espanha mata 13 estudantes estrangeiras

Secretário do Interior catalão aponta “fatores humanos” como possível causa do acidente

Uma batida entre um ônibus e um carro em uma rodovia espanhola, na altura de Freginals (Tarragona), deixou ao menos 13 mortos no início da manhã deste domingo, segundo a Defesa Civil da Catalunha. Todas as pessoas que morreram são mulheres. Viajavam no ônibus 61 pessoas que tinham passado um dia em Valência na festa típica Las Fallas e voltavam para Barcelona. O Departamento do Interior catalão informou que a maioria dos viajantes era formada por estudantes universitários do Erasmus. Até o fechamento desta edição, só um dos 43 feridos corria risco de morte. Inicialmente as autoridades tinham informado que havia 14 mortos.

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Peru, Bulgária, Polônia, Irlanda, Palestina, Japão, Ucrânia, República Checa, Nova Zelândia, Reino Unido, Itália, Hungria, Alemanha, Suécia, Noruega e Suíça são alguns do países de origem de das vítimas da batida, segundo a direção-geral de Proteção Civil.

O acidente ocorreu por volta das 6h da manhã no quilômetro 323 da AP-7. O secretário do Interior catalão, Jordi Jané, descreveu os acontecimentos: “O ônibus foi se aproximando da direita e quando encostou na proteção rodou com tanta força que atravessou o meio da pista e foi parar no sentido oposto”. Nesse momento, um veículo de passeio no qual viajavam duas pessoas bateu no ônibus. Os ocupantes do carro ficaram feridos. O ponto em que aconteceu o acidente é o único com uma ligeira curva em um trecho da autoestrada com longas retas

“É um ponto negro”, afirmou o prefeito de Freginals, Josep Roncero. No entanto, Jané descartou que a causa do acidente tenha sido o estado da rodovia, e afirmou que os primeiros indícios apontam para um erro humanos: “Se verá na investigação, mas a causa obedecerá a fatores humanos”. O motorista foi levado a uma delegacia da polícia da Catalunha, e seus ferimentos não são graves, segundo o secretário do Interior.

O acidente provocou, pelo menos, 43 feridos, quatro deles em estado muito grave. A maioria está recebendo atendimento no Hospital Verge de la Cinta, de Tortosa (Tarragona), mas os casos mais leves, 13, foram levados para um hotel de Tortosa que a administração local habilitou para atender aos familiares das vítimas. Já tiveram alta 21 feridos.

O ônibus fazia parte de um grupo de cinco veículos de uma mesma empresa de Mollet del Valles que voltava para Barcelona depois da festa, e estava em último lugar na fila, de forma que os outros quatro seguiram viagem e só souberam do acidente quando chegaram a seu destino. Na viagem de volta, os estudantes se misturaram nos ônibus, de acordo com fontes universitárias consultadas, o que está dificultando a identificação das vítimas.

O ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, salientou a "coordenação constante" entre o Governo catalão e o Governo central espanhol para ajudar as vítimas. Fernández Díaz falou com o presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, a quem transmitiu as condolências do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy. O ministro e o presidente catalão se encontraram em Tortosa no hotel habilitado pelo Governo catalão para funcionar como centro de controle. O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Sánchez, e o presidente do Governo de Valência, Ximo Puig, também fizeram contato com Puigdemont para expressar suas condolências. O Governo da Catalunha declarou dois dias de luto e suspendeu a viagem do presidente catalão para Paris, prevista para domingo e segunda-feira.

Na região do acidente trabalham 17 grupamentos dos bombeiros e foram enviadas sete ambulâncias médicas e cinco ambulâncias básicas. A circulação na AP-7 foi completamente interrompida no sentido sul, e foi feito um desvio ao longo da N-340 para Aldea (Tarragona). Há uma faixa aberta ao tráfego no sentido norte, e a administradora Abertis ativou um plano de emergência em fase de emergência 2.

A Universidade Autônoma de Barcelona abriu uma unidade de cuidados para as famílias das vítimas nas dependências da Faculdade de Psicologia, de acordo com um porta-voz. Espera-se que as famílias comecem a chegar a partir de segunda-feira.

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