"Parece que há um concurso para ver quem consegue prender o presidente Lula", afirma Raimundo Bonfim, da Central dos Movimentos Populares na coletiva da Frente Brasil Popular, que reúne movimentos ligados ao PT. "Aceitar o pedido de prisão é colocar fogo no país. Quem apagará?"
Os movimentos também criticaram a acusação de que são uma "rede violenta" de Lula, feita pelos promotores que pediram a prisão do ex-presidente. "É uma clara tentativa de criminalizar os movimentos sociais", disse Flavia Oliveira, da União Estadual dos Estadudantes de SP.
Segundo os movimentos da Frente Brasil Popular, as entidades pró-Lula não estarão presentes na avenida Paulista neste domingo, quando acontece o ato que pede o impeachment de Dilma Rousseff. Para eles, a manifestação de domingo tem uma "pauta golpista"
A Frente Brasil Popular, formada por movimentos sociais ligados ao PT, faz agora uma coletiva de imprensa para explicar os atos que realizarão no próximo dia 18, em diversas capitais do país. O ex-presidente Lula estará presente no ato de São Paulo, na avenida Paulista.
A decisão final do STF sobre o rito do impeachment está marcada para a próxima quarta-feira. Segundo o presidente da Câmara, 45 dias são um prazo razoável para a tramitação do impeachment na comissão especial encarregada de analisá-lo.
Na entrevista coletiva concedida hoje, Eduardo Cunha disse que vai dar prosseguimento à abertura do impeachment da presidenta Dilma assim que o STF decidir sobre os recursos da Câmara contra o rito de tramitação do processo definido pelo próprio Supremo.
Segundo Cunha, o pedido de prisão preventiva do Ministério Público de São Paulo não deverá acirrar o clima das manifestações pelo impeachment marcadas para o próximo domingo. “O que vai acontecer já está predeterminado”, registra a Agência Câmara.
Réu no STF por conta da Operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), disse nesta sexta-feira que o pedido de prisão do ex-presidente Lula "pareceu um pouco exagerado", mas destacou que não leu a denúncia nem tem "conhecimento técnico" sobre ela.
"Eu não tenho cara de quem vai renunciar", disse, finalizando a entrevista coletiva em Brasília agora.
Sobre as manifestações deste domingo, Dilma faz "um apelo para que não haja confronto. A manifestação é um momento importante para o país", disse.
"O pedido de prisão do presidente Lula passou de todos os limites. Não existe base nenhuma para isso", disse, sobre o pedido do Ministério Público de São Paulo.
"Eu não tenho a menor propensão para isso. Isso pra mim soa como uma ofensa", disse, após ser perguntada se renunciaria. Dilma está em uma entrevista coletiva em Brasília neste momento.
Sobre a possível ida de Lula para algum ministério, ela diz que não vai discutir isso ali, mas que "seria um grande orgulho" tê-lo em algum ministério.
"Não estou resignada com essa situação e não passa pela minha cabeça renunciar", diz.
Dilma Rousseff fala neste momento em Brasília. Ela diz que não vai renunciar. "Essa história de resignação não é comigo".
Pelo Twitter, a Unasul, uma organização que Lula ajudou a fundar e na qual tem influência, pediu "respeito" ao ex-presidente
Presidentes próximos de Lula, como Nicolas Maduro, da Venezuela, se manifestaram sobre o assunto