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Super Bowl 2016: Denver Broncos vencem Carolina Panthers na final

Jogo, disputadíssimo até o quarto final, foi marcado pelas defesas dos dois times

Stewart e Ward, dos Broncos, comemoram durante a partida.
Stewart e Ward, dos Broncos, comemoram durante a partida.Maddie Meyer (AFP)

A noite deste domingo no estádio Levi’s, em Santa Clara, correu conforme o previsto: com uma partida defensiva. As zagas dos Carolina Panthers, a sexta melhor da NFL (Liga de Futebol Americano dos EUA), e dos Denver Broncos, a melhor deste ano, ditaram o ritmo do jogo, e seus acertos causaram problemas para os quarterbacks Cam Newton e Peyton Manning, cujos passes foram continuamente frustrados. O glamour esperado para a 50ª edição do Super Bowl acabou se transformando em um jogo empedrado, agressivo e com forte componente estratégico.

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E venceu a melhor defesa, a dos Broncos. Newton fez sua pior partida nesta temporada – sofreu uma interceptação e até seis tackles (ou seja, foi contido fisicamente por rivais) em suas tentativas de passe. O último deles, a três minutos do final de partida, levou o time de Denver a marcar o touchdown que desequilibrou a partida, ao abrir uma vantagem de 24 x 10 no placar. Foi um jogo difícil também para Manning. Cabisbaixo no quarto final, o quarterback de 39 anos sofreu cinco tackles no decorrer do confronto.

Os Denver Broncos mostraram a que vinham já nos primeiros momentos, quando abriram 10 x 0. Newton, confuso e nervoso, começou a detectar que algo estava mal. Seu jogo não acontecia. A defesa que ele tinha à sua frente superava de maneira constante a da Carolina e alcançava seu braço antes que ele pudesse fazer o passe ou iniciar a corrida. O quarterback da Carolina cometeu vários erros não forçados. Depois de vários avisos, um tackle da defesa dos Broncos sobre Newton acabou se transformando no primeiro touchdown do jogo.

No segundo quarto, o jogo dos Panthers começou a fluir com mais naturalidade. Newton começou a se parecer com o de sempre, mas a defesa de Denver tardou pouco a reagir. Aí começou um toma-lá-dá-cá defensivo. Tackle em Manning; tackle em Newton. Consequência: uma partida com pouca sutileza para o espectador. Kuechly e Talib, dois dos melhores defensores da Carolina e de Denver, respectivamente, trataram-se de igual para igual. Foram eles os responsáveis por desmontarem a criatividade dos quarterbacks rivais. No intervalo do segundo para o terceiro quarto, o placar minguado (13 x 7) favorecia os Denver Broncos.

O quarterback dos Broncos, Peyton Manning.
O quarterback dos Broncos, Peyton Manning.Marcio Jose Sanchez (AP)

O show do intervalo, com protagonismo do Coldplay, foi um sopro de criatividade frente à falta de fluidez do jogo, assistido por 70.000 espectadores no Levi’s. Talvez Beyoncé tenha inspirado um pouco de entusiasmo nos times, que começaram a segunda metade com bons passes, jogadas verticais e lindos piques até as zonas de touchdown. Mas, de novo, as defesas disseram que não, que neste ano elas definiriam o resultado do Super Bowl.

O quarto final foi um resumo de tudo o que aconteceu antes. A poucos minutos do final do encontro, com o placar de 16 x 10 para o time de Denver, o desafio defensivo se mantinha latente. Quando faltavam apenas três minutos, um defensor dos Broncos se encarregou de aniquilar os sonhos do jovem Newton, eleito o MVP (jogador mais valioso) da NFL. A bola foi interceptada das mãos do quarterback a poucos metros da zona de touchdown. E, na jogada seguinte, touchdown para a equipe do Colorado, que selava a vitória por 24 x 10. Manning, apesar disso, mantinha o semblante triste, e Newton estava claramente decepcionado.

Apito final. Broncos letais na defesa, vencendo um Panthers que vinha de uma temporada impecável. As estatísticas não importam. O Super Bowl é único, e nele tudo pode acontecer.

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