_
_
_
_
_

Bum! Existem, pelo menos, sete tipos de orgasmos femininos

Esse é o mapa do tesouro. Todos os caminhos que levam ao clímax

Mais informações
A falsa ideia romântica que está arruinando nossa vida sexual
11 dúvidas razoáveis sobre como os orgasmos afetam a saúde
Diga-me como você se senta e eu direi quanto sexo você faz
A prova definitiva para saber se você é bom de cama

Como se sente um orgasmo? A resposta é complicada, se não for impossível: pelo que sabemos, não existe um orgasmo igual ao outro. Depende se estamos sozinhos, acompanhados ou mal acompanhados; se a estimulação foi oral, manual ou com vibrador; até mesmo se o sentimento que motivou esse orgasmo foi o desejo, o poder, a libertação ou a experimentação.

Mesmo que não exista uma definição única e exata, a ciência participou da aventura de descobrir se existem ou não diferentes tipos de clímax ou, pelo menos, diferentes caminhos para se chegar a ele. Alguns estudos diferenciam entre orgasmo masculino e feminino e afirmam que, para as mulheres, o clitóris continua sendo o principal protagonista.

Esse órgão é o centro do prazer feminino por excelência e a parte do corpo com “maior concentração de terminações nervosas”, explica a ginecologista Marta Suárez. “É constituído por oito mil fibras nervosas, o dobro das que se encontram no pênis”, diz. Mas o clitóris não é somente a parte visível, também inclui as raízes internas que se conectam com a vagina: “o prepúcio e a glande, que aparecem entre os pequenos lábios, são apenas um décimo de seu volume total”.

A especialista acrescenta que a resposta sexual dessa parte tão sensível “é sequencial, incentivada e independente do tipo de conduta”. O orgasmo ocorre após suficiente estímulo e excitação, o que provoca no cérebro “a descarga de neurotransmissores encarregada de contrair os músculos do assoalho pélvico, útero e vagina”. É o primeiro tipo de orgasmo. Passemos aos demais.

“Existem tantos centros de prazer como mulheres. Não podemos criar um mapa erógeno padrão, e o melhor é se aventurar para que cada uma descubra por si mesma seus pontos mais sensíveis” (Cristina Callao, sexóloga)

- Por estimulação do ponto G

É um pequeno eixo da área genital que se localiza internamente atrás do púbis e ao redor da uretra. Pode ser tocado mediante a introdução de dedos: é rugoso e, ao ser estimulado, provoca uma sensação intensa. “Para algumas mulheres leva rapidamente ao orgasmo, mas outras podem ficar incomodadas porque causa uma sensação parecida à vontade de urinar”, explica a sexóloga Cristina Callao.

A ginecologista Gema García Gálvez diz: “A parte mais profunda da vagina é muito insensível, ao contrário de sua entrada e da área que se encontra debaixo da uretra, o chamado ponto G”. Sua existência é corroborada por uma pesquisa recente do Instituto de Ginecologia de St. Petersburg (Estados Unidos), que afirma tê-lo encontrado em todas as mulheres participantes, com um tamanho variado e uma estrutura neurovascular complexa. Como curiosidade, em 87,5% das mulheres foi encontrado do lado esquerdo e no restante, do lado direito.

- Descobrindo outros pontos

O G não é o único ponto alfabético sensível da vagina. Callao fala do ponto A, “localizado na parede anterior, entre o ponto G e o colo do útero”. Segundo a especialista, a técnica recomendada para encontrá-lo é a penetração, especialmente por trás, e acrescenta que desencadeia “uma grande lubrificação, o aumento da excitação e a possibilidade de experimentar orgasmos múltiplos”.

Mas não é só isso. “O ponto U está situado entre o clitóris e a entrada da vagina. Nesse lugar estão as glândulas uretrais, também conhecidas como glândulas de Skene”, prossegue. A sexóloga esclarece que pode ser estimulado com os dedos e com a língua, “e mesmo que, geralmente, não seja suficiente para provocar o orgasmo, irá proporcionar grande prazer à mulher”. Apesar dessas novas localizações chamarem a atenção, Callao afirma: “Existem tantos centros de prazer como mulheres”. Não podemos criar um mapa erógeno padrão, “e a melhor maneira é se aventurar para que cada uma descubra por si mesma, sozinha ou acompanhada, seus pontos mais sensíveis e usem o abecedário como quiserem”.

- Por carícias nos seios

Segundo o artigo publicado na revista Science of relationships, algumas mulheres afirmam serem capazes de chegar ao clímax somente com as carícias em seus seios e mamilos. Além da excitação produzida e das terminações nervosas da área, foi pesquisado se existe uma relação fisiológica que explique essa situação. E de fato, a conclusão dos pesquisadores foi que estimular os mamilos ativa em algumas mulheres a mesma região do cérebro que o clitóris, a vagina e o colo do útero.

- Pelo que não se nomeia

A busca do prazer ainda esconde alguns tabus, como o sexo anal. De acordo com Steve Thompson, diretor da marca de brinquedos eróticos LELO, não só se sabe que o orgasmo é real, “como existem diversos tipos de clímax”. Segundo as descobertas da marca, no caso das mulheres está ligado às glândulas de Skene, órgãos que diversos ensaios equiparam à próstata masculina. O especialista acrescenta, entretanto, que os relatos continuam sendo escassos e por vezes contraditórios, de modo que é preciso mais pesquisa para definir esse tipo de clímax feminino.

- Com um beijo

Tendemos a buscar o prazer sempre entre as pernas, mas às vezes chega com algo tão simples como um beijo. Para o sexólogo José Manuel González Rodríguez, “um beijo apaixonado tem a capacidade de provocar uma excitação intensa nos órgãos íntimos”. Segundo sua teoria, o ósculo proporciona um prazer que os humanos relacionam com o clímax erótico.

- Com o poder da mente

Nossa pele é cheia de zonas erógenas, mas o corpo é imprescindível para se alcançar o desejado orgasmo? “Podemos chegar somente com a mente”, afirma a sex coach Nuria Jorba. “Nos estudos realizados, homens e mulheres apresentam todos os sinais físicos associados ao clímax como a lubrificação, a ereção e as contrações”. Nesse sentido, “o sexo tântrico é, em parte, um exemplo disso, uma vez que nos ensina a nos concentrar nas sensações e em nossos pensamentos”, diz Jorba. No fim das contas, conclui, “nossa mente pode potencializar a sexualidade ou anulá-la, e dela depende o resultado final”.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_