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Ai Weiwei encerra exposições na Dinamarca em apoio aos refugiados

Artista chinês protesta contra a decisão do país de confiscar os bens dos que pedem asilo

Ai Weiwei ajuda refugiados na ilha de Lesbos esta semana.
Ai Weiwei ajuda refugiados na ilha de Lesbos esta semana.Reuters
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A polêmica restrição de direitos aos refugiados aprovada ontem pelo Parlamento da Dinamarca indignou Ai Weiwei. Para protestar contra a medida, o artista chinês decidiu encerrar sua exposição Rupturas, na Faurschou Foundation de Copenhague, segundo ele conta em seu perfil do Instagram. Pouco antes, o museu de Aros, no oeste do país, anunciou que o ativista também retirava sua mostra dessa instituição.

A reforma aprovada pelo Parlamento dinamarquês permite o confisco de dinheiro e objetos de valor aos requerentes de asilo para custear sua estada no país nórdico e limitar o acesso ao reagrupamento familiar. “Como resultado dessa lamentável decisão, terei que deixar a exposição para expressar meu protesto contra a decisão do Governo dinamarquês”, escreve o artista, que havia cedido uma obra à mostra Uma Nova Dinastia, Made in China.

Numa mensagem em sua conta do Instagram e difundida pela direção do museu, Ai Weiwei diz estar “muito surpreso” com a medida. O artista também afirma na rede social que conta com o apoio do dono da Faurschou Foundation em sua decisão de fechar a exposição da galeria de arte. “Jens Faurschou lamenta a decisão do Parlamento dinamarquês de situar-se na vanguarda da política desumana na maior crise humanitária da Europa e do Oriente Médio”.

Não é a primeira medida que o ativista chinês toma para se solidarizar com a situação dos refugiados. No início do ano, ele instalou uma oficina na ilha grega de Lesbos para chamar a atenção sobre a difícil situação dos migrantes. A ilha do Mar Egeu foi o principal ponto de entrada para os mais de 800.000 refugiados, muitos deles sírios, que chegaram em 2015 à União Europeia vindos da Turquia pelo mar.

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