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Platini se rende e desiste de presidir a FIFA

Presidente da UEFA diz que pretende continuar no comando da confederação europeia

Alejandro Prado

Michel Platini se rendeu. Suspenso, o presidente da UEFA renuncia à sua pretensão de chegar ao cargo máximo da FIFA, entidade que comanda o futebol mundial. O anúncio foi feito ontem, quase três semanas após afirmar que iria até o final e recorreria de sua punição no Tribunal de Arbitragem Esportivo (TAS). “Retiro minha candidatura. Não posso mais. Não tenho nem o tempo nem os meios para ir ver os votantes, encontrar com a gente e lutar com os outros”, comunicou Platini, de 60 anos, através do diário esportivo francês L’Equipe, onde também anunciou que quer se concentrar em sua defesa pelas acusações de corrupção.

Michel Platini, em 2013.
Michel Platini, em 2013.Sang Tan (AP)

Apesar do passo para trás, o ex-jogador propõe-se seguir comparecendo à FIFA e sua intenção é continuar à frente da UEFA. A justificativa deste desafio vem porque o órgão que comanda o futebol europeu não pertence à FIFA, já que ela tem poder sobre as federações da cada país, mas não sobre as confederações continentais.

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Em 21 de dezembro o Comitê de Ética da FIFA confirmou a suspensão de Joseph Blatter e Michel Platini por oito anos, o que impedia o francês de se apresentar às eleições para a presidência da entidade no próximo 26 de fevereiro. O motivo para o castigo é um suposto pagamento irregular de 1,8 milhões de euros que Platini recebeu da FIFA por um trabalho feito entre 1999 e 2002. Segundo o Comitê de Ética, nem Blatter nem Platini puderam demonstrar que a operação “tinha uma base legal” e o acordo oral que tinham ambos dirigentes “não é convincente”.

Platini sempre defendeu sua honra e inocência e qualificou a decisão do comitê de “baile de máscaras”, além de usar adjetivos como “patético” para se dirigir à FIFA. Eu lutarei contra esta injustiça de tribunal em tribunal, incluídos os ordinários”, anunciava o francês pouco depois de conhecer seu castigo, que pôde ser maior se na investigação se tivesse provado a existência de corrupção. Finalmente, o Comitê de Ética justificou sua decisão alegando que o milionário pagamento era “desleal” e gerava “conflito de interesses”.

Enquanto isso, a disputa eleitoral segue seu curso e um dos candidatos a ostentar o poder na FIFA, o príncipe jordaniano, Ali Bin Al Hussein, que já competiu contra Blatter, se proclamou “a pessoa indicada para este trabalho”. Hussein brigará em 26 de fevereiro com Ebrahim al Khlalifa, Jérome Champagne, Gianni Infantino e Tokyo Sexwale pela presidência da FIFA.

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