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Comunidade internacional condena teste nuclear da Coreia do Norte

Conselho de Segurança das Nações Unidas convoca uma reunião de emergência

Agências
Viena / Washington / Pequim / Tóquio -

A reação das principais potências ao ensaio nuclear realizado pela Coreia do Norte foi de condenação quase unânime. A China criticou com firmeza o ensaio atômico norte-coreano e pediu ao regime de Pyongyang que evite ações “que piorem a situação” e mantenha seu compromisso com a desnuclearização da península coreana.

Fotografia da agência oficial da Coreia do Norte mostra Kim Jong-un assinando a ordem para o teste da bomba de hidrogênio.
Fotografia da agência oficial da Coreia do Norte mostra Kim Jong-un assinando a ordem para o teste da bomba de hidrogênio.North's Korean Central News Age (EFE)

“O Governo chinês se opõe formalmente” ao ensaio, que foi realizado “apesar da oposição da comunidade internacional”, afirmou uma porta-voz do ministério de Assuntos Exteriores, Hua Chunying.

Hua anunciou que Pequim chamará para consultas um representante norte-coreano, sem detalhar se seria o embaixador. “A China se opõe a este ensaio nuclear, convocaremos a parte norcoreana para apresentar uma declaração formal”, afirmou.

A Casa Branca se mostrou cautelosa nesta quarta-feira depois do anúncio da Coreia do Norte sobre um teste com a bomba de hidrogênio, mas ressaltou que condena qualquer violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Temos registro de atividade sísmica na península da Coreia, nos arredores de conhecidas instalações nucleares norte-coreanas, e vimos o anúncio da Coreia do Norte sobre um teste nuclear”, indicou em seu comunicado.

Pequim pede a Pyongyang que evite ações “que piorem a situação”

O Japão pediu imediatamente a convocação urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, cuja reunião está prevista para primeira hora desta quarta-feira em Nova York.

Os Governos de Reino Unido e Austrália se somaram às condenações ao teste realizado pela Coreia do Norte com uma bomba de hidrogênio, ressaltando que se trata de “uma provocação”.

A presidência da França ressaltou nesta quarta-feira que, se forem confirmadas as informações, o teste termonuclear por parte da Coreia do Norte constituiria “uma inaceitável violação” das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Na falta de confirmação das características do teste nuclear anunciado e observado nesta noite na Coreia do Norte, a França condena essa violação inaceitável das resoluções do Conselho de Segurança e exige uma reação firme por parte da comunidade internacional”, declarou.

Sismo na zona de testes

A Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO) informou hoje em Viena de que sua rede de estações de medição detectou um “evento sísmico não usual” na Coreia do Norte, na zona onde o país realizou três testes atômicos no passado.

O organismo da ONU confirmava assim as informações da Coreia do Sul sobre a ocorrência de um terremoto de magnitude 5,1 na escala Richter na Coreia do Norte, país que anunciou nesta quarta-feira em sua televisão estatal a realização de seu primeiro teste com uma bomba nuclear de hidrogênio.

“A localização [do sismo] é muito similar ao evento que nosso sistema registrou em 12 de fevereiro de 2013. Nossa localização inicial estimada mostra que a ocorrência teve lugar na zona de testes nucleares da Coreia do Norte”, local onde o país anunciou ter realizado nesta quarta-feira seu quarto teste atômico desde 2006.

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