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Gritos racistas contra Neymar no estádio do Espanyol causam polêmica

Barça pergunta à Liga espanhola se o delegado da partida informou a respeito, e Espanyol nega insultos

Neymar, em Cornellà, durante o derbi.
Neymar, em Cornellà, durante o derbi.David Ramos (Getty Images)
Juan I. Irigoyen

O Barcelona perguntará por carta à Liga de Futebol Profissional (LFP) se o delegado da entidade na partida fez constar em seu relatório sobre o dérbi de sábado no estádio Cornellà os gritos racistas de um setor do público contra Neymar. O árbitro da partida, José Luis González, não citou esses insultos na súmula. Piqué, logo após o jogo, afirmou: "Não foi a torcida do Espanyol. Foram alguns que têm de ser identificados um a um".

Joan Collet, presidente do Espanyol, negou que tenha havido esse tipo de insultos no dérbi de sábado, e, de qualquer forma, se houve, minimizou.

"É uma vergonha que os de sempre comecem a colocar em curso o mecanismo nacional-barcelonista. Eu estava lá como mais de 30.000 pessoas, e em uma jogada em particular pode haver algum comentário... Isso acontece em todos os lugares, mas ontem não houve nada, pelo contrário. Era um jogo de alto risco, 30.000 pessoas, nenhum incidente, nenhum problema, uma torcida para se tirar o chapéu torcendo o jogo inteiro, e acaba que depois alguém vem e diz que houve um grito de não sei o quê", disse Collet.

"Isso é mentira. A torcida do Espanyol sempre deu o exemplo, começando com a 'La Curva', que reúne todo o setor jovem", acrescentou o dirigente do Espanyol. Collet também rebateu as críticas feitas por alguns setores barcelonistas sobre a suposta violência utilizada pelos jogadores de Constantin Galc durante o jogo.

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"Toda vez que empatamos ou que algo acontece surge a questão da violência. É uma vergonha, e a essas pessoas têm que se dizer na cara, isso é mentira. E saíram algumas capas em alguns meios de comunicação, e saíram declarações, é uma verdadeira vergonha que cada vez que conseguimos um empate (2010, 2012) os comentários são os mesmos: violência, violência e violência", afirmou.

"Só alguns viram a violência, que são sempre os mesmos e sempre procuram justificar porque não ganharam. Foi um jogo normal de cartões amarelos, em que o árbitro fez uma arbitragem muito boa e em que não vi jogadas que foram para expulsões. Agora, se isso serve para começar a marcar o árbitro do próximo jogo da Copa, talvez haja alguém, e repito que não se trata dos jogadores ou do treinador (do Barcelona), que se sentiria mais confortável se nós tivéssemos dois jogadores expulsos aos 20 minutos", disse.

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