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Lucro do Santander sobe 36% em 9 meses e chega a 5,9 bilhões de euros

No Brasil, o lucro líquido aumentou 22%, atingindo 1,315 bilhão de euros

O diretor-presidente do Banco Santander, José Antonio Álvarez.
O diretor-presidente do Banco Santander, José Antonio Álvarez.EFE

O Banco Santander teve um lucro líquido ordinário de 5,1 bilhões de euros (21,9 bilhões de reais) entre janeiro e setembro de 2014, um aumento de 17,1% em relação ao mesmo período do ano passado, graças às maiores receitas e ao impacto favorável das taxas de juros. Levando-se em conta os itens extraordinários, o lucro líquido total do banco aumentou 36%, chegando a 5,941 bilhões de euros (25,5 bilhões de reais).

Em nota enviada nesta quinta-feira à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), o banco explica que a valorização da libra e do dólar superou a influência da depreciação do real, o que, juntamente com o aumento da atividade comercial e as receitas e menores necessidades de alocação de provisões, permitiu obter essa cifra de lucro.

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Os lucros aumentaram nos dez principais mercados em que opera —apesar do momento desigual atravessado pelas respectivas economias— exceto na Polônia, onde houve queda de 7%. Na Espanha, o lucro líquido subiu 64% e atingiu 883 milhões de euros (3,79 bilhões de reais) após a caída das dotações e a redução dos custos.

A entidade afirma que as contas não incluem um lucro de 835 milhões de euros (3,59 bilhões de reais) procedentes de provisões que ficaram liberadas, após a resolução favorável à filial brasileira de um litígio relacionado a um imposto para o financiamento da Seguridade Social.

Com a incorporação dessa renda extraordinária, o lucro atribuído ao grupo nos primeiros nove meses de 2015 é de 5,941 bilhões de euros, o que significa um aumento de 36% (30% em euros constantes) sobre o mesmo período de 2014, e o lucro por ação é de 0,408 euro (1,75 real), com aumento de 11%.

Mais crédito e depósitos

O crédito aos clientes aumentou 7,6% e atingiu 777,020 bilhões de euros (3,341 trilhões de reais), ao mesmo tempo que os depósitos cresceram 3,5% e somaram 669,236 bilhões de euros (2,877 trilhões de reais). A taxa de morosidade caiu para 4,5% em todo o grupo, em comparação com 4,64% do trimestre anterior e 5,28% de um ano antes, segundo a entidade.

“No terceiro trimestre, continuamos contribuindo para o progresso de clientes, pessoas e empresas, facilitando o acesso ao crédito, que aumentou 7% no ano”, diz a presidenta do banco, Ana Botín. “Mais de 400.000 novos clientes vinculados e mais de 700.000 digitais confiaram em nós.”

A rentabilidade sobre recursos próprios tangíveis se manteve em 11,3% no fechamento de setembro, bem perto dos 11,3% de um ano antes. O “ratio” de capital CET “fully-loaded”, que inclui todos os futuros requisitos para cumprir o acordo de capitais Basileia III, ficou em 9,85% contra 9,83% em junho.

Com relação aos países, o banco destaca o incremento, já mencionado, do lucro líquido na Espanha, onde o crédito caiu em 1% e os recursos cresceram 2% no acumulado interanual. No Reino Unido, a entidade ganhou 1,496 bilhão de euros (6,43 bilhões de reais), 28% a mais, com um aumento de 4% na receita e uma queda de 74% nas provisões, enquanto o crédito e os recursos cresceram 5%.

No Brasil, o lucro líquido aumentou 22%, atingindo 1,315 bilhão de euros (5,654 bilhões de reais), com um aumento de 9% da receita e de 5% nos custos. O crédito aumentou 16% e os recursos, 15%.

Com respeito às principais margens, a de juros (que mede a receita) ficou em 24,302 bilhões de euros (104,4 milhões de reais), 11,3% a mais que no ano anterior, enquanto a margem bruta (que acrescenta as comissões) chegou a 31,572 bilhões de euros (135,7 bilhões de reais) após alta de 8,9%. Subtraindo-se o custo de exploração, a margem líquida (resultado da exploração recorrente ou lucro antes das provisões) ficou em 16,750 bilhões de euros (72 bilhões de reais), um aumento de 8,8% em comparação com setembro de 2014.

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