_
_
_
_
_

Audi e Skoda avaliam em 3,3 milhões seus carros com 'software' ilegal

Audi reconheceu 2,1 milhões de veículos com o dispositivo e a Skoda, 1,2 milhão

El País Agencias
Berlim -

Audi e Skoda, marcas que fazem parte do grupo Volkswagen, apresentaram nesta segunda-feira uma estimativa do número de veículos de suas marcas que têm instalado o software ilegal. A Audi avaliou em 2,1 milhões os carros com o software, um programa que permitia a aprovação de forma fraudulenta nos testes de emissão de poluentes. A empresa afirmou que 1,42 milhão de veículos afetados estão na Europa Ocidental, dos quais 577.000 na Alemanha, e quase 13.000 nos Estados Unidos, segundo anunciou um porta-voz.

Mais informações
Os fiascos ‘Made in Germany’
Volks recebeu avisos nos últimos anos de que software era ilegal
Ex-chefe da Porsche terá desafio de reerguer Volks após escândalo
Após escândalo de fraude, Ibama decide investigar a Volks no Brasil

Os modelos afetados são o A1, A3, A4, A5, A6, TT, Q3 (que é fabricado em Barcelona) e o Q5, segundo detalhou o porta-voz. Horas mais tarde, a Skoda anunciou que 1,2 milhão de carros de sua marca possuem o dispositivo. “Posso confirmar que no caso da Skoda há 1,2 milhão em todo o mundo”, disse à agência France Presse o porta-voz da montadora tcheca, Josef Balaz.

A Volkswagen disse na semana passada que cerca de 11 milhões de veículos de suas marcas em todo o mundo equipados com motores EA 189 estão sendo afetados pelo escândalo de emissões, 5 milhões deles da marca Volkswagen. Por ora, não foram divulgados os dados de veículos Seat afetados.

A empresa não revelou tampouco a cifra de carros lesados em cada país, embora o ministro alemão dos Transportes, Alexander Dobrindt, tenha estimado em 2,8 milhões os prejudicados na Alemanha. As autoridades alemãs deram prazo até 7 de outubro para que a empresa apresente um plano para enfrentar a crise, e alertaram que os veículos afetados poderiam perder sua homologação.

A empresa alemã reconheceu que utilizou um programa ilegal de informática capaz de detectar o momento em que se realizavam os testes de poluentes, de modo a reduzir as emissões somente nesse momento e assim conseguir que o veículo fosse aprovado. Tão logo os carros saiam para rodar, as emissões ultrapassavam os limites fixados pelas autoridades.

Para enfrentar uma das maiores crises de sua história, a Volkswagen mostrou sua intenção de agir com a máxima transparência e reorganizou sua estrutura com a saída de Martin Winterkorn, que foi substituído no cargo de presidente executivo pelo CEO da Porsche, Matthias Müller. Depois de ter perdido 34% de seu valor na semana passada, as ações da Volkswagen caíram nesta segunda-feira 7,46% na Bolsa de Frankfurt.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_