_
_
_
_
_

Guia para acompanhar as primárias

Por que são tão importantes? Que forças competem? Quem são os candidatos?

Propaganda eleitoral em Buenos Aires.
Propaganda eleitoral em Buenos Aires.David Fernández (EFE)

Este domingo se realizam as eleições presidenciais primárias da Argentina, abertas, obrigatórias e simultâneas (PASO). Todas as forças políticas com candidatos a presidente devem participar, mesmo as que estão apresentando apenas um. Todos os cidadãos de 18 a 70 anos têm a obrigação de votar. Cada eleitor só pode participar nas primárias de uma força política. Elas estão pensadas para resolver debates internos nos partidos, mas, na realidade, se transformaram em uma disputa entre formações e uma espécie de primeiro turno simbólico das eleições de 25 de outubro.

Por que são tão importantes as primárias? Funcionam como uma grande pesquisa de opinião pública que vai influenciar as expectativas dos eleitores para as eleições de outubro. A experiência mostra que os candidatos que terminem bem posicionados nas PASO vão melhor nas gerais. E aqueles que forem mal neste domingo terminam pior em outubro. Além disso, as coalizões que tiverem menos de 1,5% dos votos nas primárias não podem participar das eleições gerais.

Quais são as principais forças políticas que competem? A kirchnerista Frente para a Vitória (FPV), que encabeça o Partido Justicialista (PJ, peronista), tem como único candidato o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli. A principal aliança da oposição se chama Mudemos, na qual competem três candidatos: o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, do conservador Proposta Republicana (PRO); o senador Ernesto Sanz, da socialdemocrata União Cívica Radical (UCR) e a deputada Elisa Carrió, da centrista Coalizão Cívica. Unidos por uma Nova Argentina (UNA), na qual competem os peronistas dissidentes Sergio Massa, deputado, e José Manuel de la Sota, governador de Córdoba. A aliança Progressistas apresenta como única candidata Margarita Stolbizer. A trotskista Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT), com Jorge Altamira e o deputado Nicolás del Caño. Compromisso Federal, que apresenta o peronista opositor Adolfo Rodríguez Saá, senador e ex-presidente argentino (2001).

Mais informações
Kirchner não será candidata, mas lista terá seu filho e seus partidários
Campanha argentina se define em duas frentes claras
Presidenta argentina dá reajuste a programas sociais antes de eleições
Greve de transportadores paralisa Argentina em pleno ano eleitoral

Quem são os candidatos com mais apoio? Daniel Scioli é o menos kirchnerista dos sete peronistas que até recentemente mantinham suas candidaturas. Mas a presidenta, Cristina Fernández de Kirchner, mandou que todos os outros retirassem suas candidaturas para concentrar o voto em Scioli, o mais bem colocado nas pesquisas. Ex-piloto de lanchas, começou na política no Governo do peronista neoliberal Carlos Menem (1989-1999). Mauricio Macri é o filho de um poderoso empresário que trabalhou com seu pai até que, na crise argentina de 2001, começou aos poucos a entrar na política. Fundou seu partido, foi deputado e é prefeito de Buenos Aires, mas também se tornou popular como presidente do clube de futebol Boca Juniors nos 12 anos de maior sucesso de sua história (1995-2007).

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_