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Índia vai superar a China e se tornará o país mais populoso em 2022

População mundial chegará a 9,6 bilhões em 2050, segundo projeções da ONU

Multidão participa de festival hindu em julho, em Rajahmundry.
Multidão participa de festival hindu em julho, em Rajahmundry.R. N. (Reuters)

A tendência demográfica que a ONU apresenta em um relatório publicado esta quarta-feira confirma o crescimento desigual, entre países e continentes, da população global. O documento, elaborado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas, mostra que a África terá índices de crescimento demográficos superiores aos da Ásia, e que a Índia ultrapassará a China como o país mais populoso do mundo em 2022, com cerca de 1,4 bilhão de habitantes.

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A superação da China vai significar que a população da Índia representará 19% da população mundial em 2050, enquanto que a China terá 18%. Atualmente, cerca de 1,31 bilhão de pessoas vivem na Índia, em comparação com os 1,38 bilhão da China; uma diferença que vai desaparecer nos próximos sete anos.

A África será o continente com o maior crescimento demográfico, e a Nigéria, o país cuja população vai aumentar mais rapidamente. Segundo as projeções da ONU, em menos de quarenta anos a Nigéria poderia ter mais habitantes que os Estados Unidos. Segundo a ONU, o país africano vai passar dos atuais 182 milhões de habitantes para mais de 262 milhões em 2030, e a quase 400 milhões em 2050; enquanto que os Estados Unidos vão continuar crescendo, só que mais lentamente, e em 2050 sua população é estimada em cerca de 389 milhões.

Os especialistas da ONU destacaram a relação existente entre o crescimento demográfico e as taxas de desenvolvimento de cada país. Nas próximas décadas, a maioria da população do mundo vai se concentrar principalmente em países como Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Indonésia e Uganda. Todos os lugares onde é “cada vez mais difícil erradicar a pobreza e a desigualdade, ou combater a fome e a desnutrição”, como indicou em um comunicado John Wilmoth, diretor do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. Trata-se, explicou, de assuntos cuja solução é “crucial para o sucesso da nova agenda de desenvolvimento sustentável desenvolvida pela Organização das Nações Unidas”.

O crescimento da população será acompanhado por um aumento da idade média e da redução das mortes infantis no mundo. Melhorar a expectativa de vida é um dos objetivos da ONU. Seus analistas afirmaram que nos últimos quinze anos a mortalidade de crianças menores de cinco anos caiu mais de 30% em 86 países, e em 13 países a queda foi de mais de 50%.

“A compreensão das mudanças demográficas que podem acontecer nos próximos anos, assim como os desafios e oportunidades apresentados para conseguir o desenvolvimento sustentável, são fundamentais para a implementação da agenda de desenvolvimento das Nações Unidas”, disse Wu Hongbo, secretário do departamento que elaborou o relatório.

De acordo com projeções, o número de pessoas com 60 anos ou mais vai duplicar até 2050 e triplicar em 2100. A Europa é o continente com as maiores taxas de envelhecimento, com um aumento de 34% em 2050 de pessoas com mais de 60 anos.

De 7,3 bilhões para 8,5 bilhões em 2030

Espanha

A população na Espanha, país hoje com 46,1 milhões de habitantes segundo a ONU, vai recuar para 45,9 milhões em 2030 e 44,8 em 2050. Durante a segunda metade do século, vai ficar abaixo dos 40 milhões.

América Latina e Caribe

A população na América Latina e Caribe vai passar dos atuais 634 milhões para 721 milhões em 2030 e 784 milhões em 2050. Depois, vai começar a diminuir, voltando para cerca de 721 milhões no final do século.

Estados Unidos

Nos EUA vivem atualmente quase 322 milhões de pessoas. Nos próximos anos, sua população vai continuar crescendo, embora mais lentamente.

África

No geral, vai passar de 1,18 bilhão de pessoas hoje para 2,47 bilhões em 2050 e cerca de 4,38 em 2100.

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