_
_
_
_
_

Espanhol não identificado caça o leão mais querido do Zimbábue

O homem, cuja identidade ainda é desconhecida, pagou 50.000 euros para matá-lo

O leão Cecil, no Zimbábue.Vídeo: Bryan Orford

Com um arco, uma flecha – e pagamento prévio de 50.000 euros (183.674 reais) – um espanhol caçou o leão mais querido do Zimbábue. Tinha 13 anos e, como o maior felino da região, era uma grande atração turística para o país. Segundo a National Geographic, ainda não se sabe o nome e a origem do homem que pôs fim a vida desse animal, chamado afetuosamente de Cecil.

As primeiras hipóteses mostram que, tal como diz o jornal El Correo, o animal foi enganado, ao passear tranquilamente nos arredores do parque nacional de Hwange. Colocaram um animal morto como isca para chamar sua atenção e fazer com que saísse da reserva onde vivia. Ficaram com sua cabeça como troféu.

Mais informações
Carne de elefante para comemorar o aniversário de Mugabe
Gula humana aumenta para 22.400 as espécies ameaçadas de extinção
Um elefante vivo vale mais que 75 mortos
O ser humano provoca a sexta extinção em massa do planeta

Jonny Rodrigues, do Grupo de Trabalho de Conservação do Zimbábue (ZCTF, na sigla em inglês), uma organização focada na conservação e preservação da vida silvestre no país do sul da África, informa que o leão Cecil recebeu um disparo de arco de flecha feito por um caçador espanhol na concessão Gwaai a um quilômetro de distância do parque nacional. Rodrigues afirma que o felino não morreu imediatamente, o caçador levou dois dias para acabar com o leão ferido. Foi então que, utilizando um rifle, “finalizou” sua proeza.

A única coisa que sabe do caçador é que pertence à Associação de Guias e Caçadores Profissionais (ZPHGA, na sigla em inglês), que confirmou na segunda-feira que Cecil morreu fora do parque. A ZPHGA afirma em sua página no Facebook que a investigação está sendo feita. Ainda que a associação não possa realizar a busca do suspeito, ela pretende abrir uma investigação sobre a ética do membro e de suas atividades. “O suspeito violou as leis de comportamento”, dizem: “Será imediatamente suspenso”.

Uma vez que o leão – que tinha um GPS no pescoço como parte de um estudo de conservação dos felinos – caminhava sem problemas pela reserva com total liberdade como se fosse o rei da selva, a legalidade do fato ainda não está clara, ainda que as vozes do Zimbábue tenham se unido para condenar o feito. Os moradores do país africano buscaram os veículos de comunicação para expressar seu horror, pouco dias depois de no mesmo parque Hwange 23 filhotes de elefantes terem sido capturados e enviados à China.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_