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Astros do novo ‘Star Wars’ dominam a Comic-Con 2015 em San Diego

Milhares de fãs da saga foram ver de perto o diretor J. J. Abrams e os atores Harrison Ford, Carrie Fisher e Mark Hamill

De esquerda para a direita: Carrie Fisher, Mark Hamill e Harrison Ford.
De esquerda para a direita: Carrie Fisher, Mark Hamill e Harrison Ford.Richard Shotwell/I (ap)

Valeu a pena esperar. Os aguerridos fãs de Star Wars passaram três dias e duas noites acampados (ou seja, desde antes mesmo da abertura da feira Comic-Con, em San Diego) para assistir à mesa-redonda dedicada ao Episódio VII: O Despertar da Força. Só 8.000 deles, aproximadamente, conseguiram entrar no famoso Hall H, entre 130.000 pessoas que, segundo estimativas, circulam nestes dias pela maior convenção mundial de cultura pop, uma meca do que há de mais freak. Com olhos marejados, Caroline contava que este foi o melhor dia da sua vida.

Não é de se estranhar que nem sequer os heróis da Marvel, uma presença perene na Con, tenham se disposto a competir com a Força. Nem a rigidez do Homem de Ferro, o martelo de Thor ou os músculos do Hulk seriam capazes de colocar a casa abaixo como aconteceu com a presença de Harrison Ford em sua primeira aparição pública desde que caiu com um avião de pequeno porte, em março.

Mas o evento não mostrou muita coisa. Fiel ao desejo de criar emoção, mas mantendo a incógnita, o diretor J.J. Abrams cumpriu sua palavra e não trouxe para a Comic-Con novas imagens do primeiro filme da saga galáctica em uma década. Nem mesmo apresentou um novo trailer, algo que anunciou que deixará para o próximo trimestre. Abrams defende que o mais importante desse novo episódio é a emoção, e garante ter criado um novo universo à base de criaturas tangíveis, como as da trilogia inicial, afastando-se do tom digital dos três últimos filmes – e foi isso mesmo que ele levou a San Diego. Conseguiu arrancar lágrimas dos fãs ao trazer seus heróis para o palco, em carne e osso.

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Não é de se estranhar que nem sequer os heróis da Marvel, uma presença perene na Con, tenham se disposto a competir com a Força. Nem a rigidez do Homem de Ferro, o martelo de Thor ou os músculos do Hulk seriam capazes de colocar a casa abaixo como aconteceu com a presença de Harrison Ford em sua primeira aparição pública desde que caiu com um avião de pequeno porte, em março. Comedido nas palavras, mas visivelmente emocionado e num estado físico aparentemente perfeito, Ford admitiu que inicialmente achou que seria ridículo voltar ao personagem Han Solo, 30 anos depois. “Mas garanto a vocês que foi maravilhoso. Não tinha certeza, mas a companhia foi perfeita, o diretor foi perfeito e o roteiro foi perfeito. Estou orgulhoso de ter participado”, admitiu.

O sentimento foi compartilhado por todos, os estreantes John Boyega, Daisy Ridley, Oscar Isaac, Adam Driver, Domhnall Gleeson e Gwendoline Christine, o sangue novo nesta saga, e os mais experientes, também chamados de lendas, como Ford, Mark Hamill e Carrie Fisher. Até Peter Mayhew (o homem que se esconde sob o Chewbacca original) estava lá, no meio da plateia.

Abrams confirmou que o filme está em fase de edição, já com um primeiro corte. E agradeceu a paciência dos estúdios Disney, proprietários do império que Lucas montou, por lhe deixar fazer o filme que queria.

Entre os poucos segredos que os fãs puderam levar consigo estava a confirmação de que Driver, Gleeson e Christie são as forças do mal, “um grupo de pessoas que decidiu que é moralmente justificado se comportar de certa forma”, como disse o primeiro. E que seus quartéis-generais estão na base Starkiller, em homenagem ao primeiro nome que George Lucas, criador da saga, pensou para Skywalker. “Mas o simples fato de filmar na Millenium Falcon não garante um bom filme”, observou Adams àqueles que estiverem cegos pela nostalgia. Prometeu um filme “que nos faça sentir” e que continue “aquilo que o George começou”. Trata-se da “progressão natural das histórias que contamos”, acrescentou Ford.

Abrams confirmou que o filme está em fase de edição, já com um primeiro corte. E agradeceu a paciência dos estúdios Disney, proprietários do império que Lucas montou, por lhe deixar fazer o filme que queria. Agradeceu também aos fãs pela paciência sem limites, agora e sempre. Não só pelos três dias passados sob a intempérie, que a produtora Kathleen Kennedy tentou suavizar com rosquinhas e café servidos grátis, mas também, especialmente, à Comic-Com, onde há quase quatro décadas foram apresentadas as primeiras imagens do Episódio IV de Star Wars. Por isso, em vez de imagens, Abrams preferiu deixar lembranças, e quando a apresentação parecia concluída o diretor convidou os quase 8.000 espectadores a saírem escoltados por um exército de stormtroopers e assistirem a um show-surpresa exclusivo com a música da saga. Mas não sem antes presentear cada participante com um sabre de luz, que todos agitaram ao som de acordes que, como disse Ford, já estão gravados na consciência coletiva. E mais ainda, a partir de agora, para esse grupo de eleitos que vivem nas redes sociais.

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