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Dilma viaja ao México para abrir caminho à exploração da Petrobras

Presidenta visita o colega Peña Nieto de olho na reforma energética mexicana

Sonia Corona
Rousseff, na semana passada em Brasília.
Rousseff, na semana passada em Brasília.EVARISTO SA (AFP)

As duas grandes economias da América Latina se reúnem nesta terça-feira para afiar sua relação comercial. A presidenta brasileira, Dilma Rousseff, começa sua primeira visita de Estado ao México com uma agenda principalmente econômica embaixo do braço. Um reflexo da importância de ambos os países na região – representam juntos 62% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina. Entre o México e o Brasil também se concentram 58% das exportações e um fluxo de mercadorias de 9 bilhões de dólares (27 bilhões de reais).

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Rousseff visitará o Palácio Nacional e se encontrará com o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, com quem firmará vários acordos de proteção de investimentos, turismo e cooperação comercial. Depois ela se reunirá com o prefeito da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, e participará da abertura da Comissão Permanente do Congresso Mexicano. Essa é a quinta ocasião em que Rousseff se reúne com o presidente mexicano, mas é a primeira vez em cinco anos que isso ocorre no México.

A visita da presidenta brasileira se dá em um momento-chave para ambos os países. Enquanto o México procura fazer as suas reformas no âmbito econômico decolarem, o Brasil enfrenta o estancamento de seus indicadores. Uma das oportunidades para as duas economias é a reforma energética do México: Petrobras, a petroleira estatal brasileira que atravessa crise de corrupção no próprio país, já se inscreveu na primeira licitação para obter um contrato de exploração petrolífera nas águas do Golfo do México.

Entre México e Brasil também se concentram 58% das exportações da América Latina

O intercâmbio bilateral, segundo o Ministério de Relações Exteriores do México, também se incrementou desde 2013, após a eliminação do visto. Em 2014, o Brasil ocupou o sexto lugar em visitantes internacionais no México, por isso os dois governos buscarão incentivar o turismo entre seus cidadãos. Outro setor no qual México e Brasil possuem a liderança é o automotivo: no ano passado a indústria mexicana ultrapassou pela primeira vez a brasileira na produção de carros. Ambos se mantêm como os maiores exportadores de veículos do continente.

Rousseff chega ao México depois de receber, na semana passada, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que anunciou investimentos de 50 bilhões de dólares no Brasil, uma amostra do interesse da China em aproximar-se da América Latina. Agora o Brasil busca integrar-se com os outros líderes econômicos da região.

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