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O incêndio que ameaça Valparaíso continua sem controle

O Governo chileno declara estado de exceção na cidade pelo segundo incêndio em um ano

Rocío Montes

Enquanto ainda estava se recuperando do gigantesco incêndio de abril de 2014, que deixou mortos e centenas de casas destruídas, o fogo voltou a atacar a cidade chilena de Valparaíso, a 120 quilômetros de Santiago. Cerca de 300 hectares já se queimaram desde a tarde de sexta-feira e as chamas ainda não foram controladas, informou nesta manhã o subsecretário de Interior, Mahmoud Aleuy. As altas temperaturas do verão dificultam a contenção do incêndio, o que mantém a zona em alerta vermelha. Durante a noite, no entanto, a maioria das 7.000 pessoas que se encontravam em albergues retornaram às suas casas e apenas 45 delas continuam nos refúgios.

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As chamas começaram na sexta-feira à tarde em um depósito ilegal de lixo próximo do caminho La Pólvora, uma das rotas de acesso à cidade portuária. O fogo se alastrou rapidamente e, na tentativa de conter seu avanço, pelo menos 15 bombeiros ficaram feridos, cinco deles com gravidade. Uma mulher de 66 anos teve uma parada cardiorrespiratória e morreu, e outras seis pessoas ficaram feridas, informaram as autoridades. O Governo de Michelle Bachelet decretou estado de exceção para poder controlar a tragédia com maior eficácia e garantir a ordem e a segurança da população. Segundo Aleuy, as chamas não avançaram nas últimas horas e nenhuma casa foi danificada.

Valparaíso é uma das cidades mais populosas do Chile e está formada por cerca de 40 colinas à margem do oceano Pacífico. As ruas são estreitas e íngremes e a maioria das construções é antiga, por isso, o incêndio de abril de 2014 se propagou rapidamente. O maior porto do país, sede do Congresso Nacional e da Marinha chilena, se transformou, nos últimos anos, em um polo de atração turística. Milhares de estrangeiros visitam a cidade por seu patrimônio cultural, que inclui uma das peculiares casas do poeta Pablo Neruda: A Sebastiana.

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