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Todos aos lápis

Assim os cartunistas de todo o mundo estão se solidarizando com o Charlie Hebdo

Delia Rodríguez

"Je suis Charlie", ou seja, "Eu sou Charlie". A frase, escrita sobre um fundo negro, se transformou em hashtag, trending topic e lema dos surpresos e indignados em todo o mundo pelo atentado contra o semanário satírico Charlie Hebdo, na manhã desta quarta-feira, que acabou com a vida de 12 pessoas em Paris.

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Muitas mensagens tomaram as redes, tornando-se virais: a última publicada pela revista no Twitter, o cartum premonitório de um dos ilustradores feridos, um número infindável de velhas capas da revista e antigos desenhos da equipe do Charlie, além de veementes chamados à ação e contra a censura.

Mas a reação mais espetacular foi a de seus companheiros de atividade, ilustradores de todo o mundo que em poucos minutos encheram o Twitter de vinhetas de solidariedade à revista. Em alguns casos, tiradas do arquivo, em outros, desenhadas no momento à toda velocidade, quase todas muitíssimo compartilhadas pelos usuários. Estas foram algumas das homenagens gráficas mais compartilhadas:

1. A vinheta da The New Yorker, um trabalho antigo em que aparece a seguinte inscrição em cima de um quadro em branco: “Desfrute esta piada cultural, étnica, religiosa e politicamente correta de forma responsável. Obrigado.”

2. O tuíte do francês Plantu, que desenha para o Le Monde e L’Express. Um lápis de tinta ensanguentada escreve as palavras “ de todo coração, com Charlie Hebdo”.

3. O tuíte do francês Cyprien, que atua no YouTube: um lápis quebrado em uma poça vermelha com o texto “é um drama para a França”.

4. David Pope, do australiano The Camberra Times. "Ele desenhou primeiro", diz.

5. As mensagens das revistas El Jueves e Orgullo y Satisfacción.

6. A obra do cartunista político holandês Ruben L. Oppenheimer na qual dois lápis formam uma alegoria das Torres Gêmeas.

7. A homenagem do francês Zep aos caricaturistas mortos e a vinheta de Martin Vidberg ("Eu sou desenhista da imprensa. Hoje sou jornalista. Hoje desenho pelo Charlie Hebdo"). Ambos do Le Monde.

8. As ilustrações dos chilenos Francisco J. Olea, Malaimagen e Montt e dos argentinos Liniers e Erlich.

9. A vinheta de Joep Bertrams, de Amsterdam.

10. O desenho sem palavras de Ann Telnaes, do Washington Post.

11. O manifesto do desenhista francês Jean Jullien.

12. A vinheta de Forges, de El País.

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