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Espanha envia apenas seu embaixador à posse de Dilma

Nenhum membro do Governo nem da Casa do Rei virá ao Brasil

Miguel González / Rodolfo Borges
Cerimonial ensaia para a posse presidencial.
Cerimonial ensaia para a posse presidencial.Elza Fiúza (Agência Brasil)

Brasília cuida dos últimos retoques para a cerimônia de posse do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, que deve reunir 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios no primeiro dia de 2015. O roteiro do evento de quinta-feira inclui desfile em carro aberto, cerimônia no Congresso Nacional, discurso ao povo no Palácio do Planalto, e posse de ministros, e termina com uma recepção no Palácio Itamaraty. As cerimônias, que foram ensaiadas pelo cerimonial do Governo, começam às 14h30, e devem contar com um número maior de representantes estrangeiros da América Latina do que da Europa.

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A Espanha estará representada apenas por seu embaixador no Brasil, Manuel de la Cámara, segundo confirmaram ao EL PAÍS fontes de La Moncloa. A data, 1º de janeiro, e o fato de se tratar de uma reeleição e não de um primeiro mandato parecem ter feito com que a delegação espanhola seja a de menor nível na posse de um presidente ibero-americano nos últimos anos, apesar de se tratar de um gigante como o Brasil.

As fontes consultadas afirmaram que a representação espanhola será semelhante à de outros países europeus, mas a Espanha nunca se comparou a seus parceiros da UE nesse tipo de evento. Até sua coroação, em junho passado, dom Felipe era assíduo nas cerimônias de posse dos governantes ibero-americanos, o que lhe garantiu um profundo conhecimento da classe política do continente. Depois do destaque da Chefatura de Estado, foi o próprio Mariano Rajoy quem compareceu em julho à posse do novo presidente panamenho Juan Carlos Varela, enquanto o rei Juan Carlos assistiu em agosto, depois de sua abdicação, à do colombiano Juan Manuel Santos que, como Rousseff, iniciava seu segundo mandato.

Fontes brasileiras confirmaram ao EL PAÍS a participação dos presidentes do Chile, Paraguai, Uruguai, Venezuela e Costa Rica, assim como do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, na posse. Apesar de o Governo de Rajoy não manter com o governo de Rousseff as intensas relações políticas que mantém com México ou Colômbia, as relações econômicas são muito intensas e o Brasil é, com o Reino Unido, o primeiro destino dos investimentos espanhóis no exterior, com um saldo acumulado que supera os 65 bilhões de euros (cerca de 210 bilhões de reais).

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