EUA negam que jihadistas derrubaram avião da Jordânia
Comando Central dos EUA confirmam captura do piloto da Jordânia pelo Estado Islâmico
O Comando Central Militar dos Estados Unidos negou nesta quinta-feira que o Estado Islâmico tenha derrubado um avião militar da Jordânia, que participava na operação internacional contra o grupo jihadista. O exército dos EUA confirmou, no entanto, que o grupo islâmico capturou Moaz Kasasbeh, o jovem piloto jordano que estava no avião que caiu, mas afirma que as “evidências indicam claramente” que o caça não foi derrubado. Não explica, no entanto, as causas do incidente.
Na quarta-feira, os jihadistas publicaram fotos nas quais se vê vários de seus membros conduzindo o piloto com os restos do avião. Afirmam que capturaram o piloto depois de derrubar o caça com um míssil termoguiado, perto da cidade de Raqqa, a capital do califado, enquanto participava de uma missão da coalizão internacional contra o Estado Islâmico, liderada pelos EUA. O Governo da Jordânia confirmou que o piloto havia sido capturado, mas não esclareceu se o avião foi derrubado.
Os EUA quiseram amenizar o temor de que os jihadistas contam com armamento suficientemente sofisticado para derrubar um avião —até agora apenas haviam conseguido derrubar helicópteros. Em nota, o Comando Central do exército norte-americano desmente a queda do F-16, o primeiro avião de combate perdido pela coalizão desde o começo das operações em setembro. Condena e confirma o fato de que o jovem tenente tenha se tornado prisioneiro, embora afirme que “as evidências indicam claramente que o EI não derrubou o avião”, como afirma a organização terrorista. Alerta, por fim, que não vai tolerar “as tentativas do EI de distorcer ou utilizar o infeliz acidente para seus propósitos”.
Os EUA lançaram uma operação de resgate quando tomaram conhecimento do acidente, mas o piloto havia sido capturado antes, declarou uma autoridade norte-americana que não quis se identificar à Reuters.