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Ex-líderes exigem a libertação do oposicionista Leopoldo López

Grupo do Clube de Madri, que reúne ex-chefes de Estado e de Governo, qualifica de “arbitrária” a detenção do líder da oposição na Venezuela

Cartazes de apoio a Leopoldo López em Caracas.
Cartazes de apoio a Leopoldo López em Caracas.Fernando Llano (AP)

O Clube de Madri, organização formada por 92 ex-líderes latino-americanos e europeus, apresentou na terça-feira um documento em que pede ao Governo venezuelano a libertação do oposicionista Leopoldo López, preso desde fevereiro.

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O texto, assinado por trinta ex-chefes de Estado e de Governo, ressalta que a detenção de López é “arbitrária” e que seu objetivo é “cercear os direitos políticos e a liberdade de expressão”. Acrescenta ainda que o Executivo de Maduro negou a López, líder da Voluntad Popular e destacado membro da Mesa de la Unidad (MUD), o direito a um “julgamento imparcial” e conclui que o processo violou a Declaração Universal dos Direitos humanos e o Pacto Internacional de Direitos Políticos e Civis.

A declaração foi assinada, entre outros, pelos ex-presidentes Óscar Árias Sánchez (Costa Rica), Fernando Henrique Cardoso (Brasil), Ricardo Lagos (Chile), Alejandro Toledo (Peru), Luis Alberto Lacalle (Uruguai), Jorge Quiroga (Bolívia), Andrés Pastrana (Colômbia) e Osvaldo Hurtado (Equador) e datada em Florença (Itália). Também foi assinada por Vaira Vike-Freiberga (Letônia), Kjell Magne Bondevik (Noruega), George Papandreou (Grécia) e pelo ex-premiê e atual ministro das Relações Exteriores da Bósnia, Zlatko Lagumdzija.

López entregou-se voluntariamente às autoridades venezuelanas em 18 de fevereiro. O Governo de Maduro responsabilizava-o pelo desfecho violento das manifestações do início deste ano. Até agora ainda não foram formuladas acusações formais contra ele.

O Clube de Madri, organização formada por 92 ex-chefes de Estado e de Governo, além de especialistas e pesquisadores, tem como objetivo debater assuntos relativos à democracia e assessorar na resolução de conflitos políticos.

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