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Dilma: “Só as urnas vão definir o que virá”

Ao votar, Aécio Neves afirmou que é preciso ter “humildade”. Já Marina Silva exaltou o desejo de mudança dos brasileiros

Dilma, Aécio e Marina, durante a votação.
Dilma, Aécio e Marina, durante a votação.REUTERS

A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT e favorita na disputa, afirmou aos jornalistas que não acredita que vencerá no primeiro turno. "A hipótese que eu tenho trabalhado desde o início da eleição é de dois turnos. Só as urnas vão definir o que acontecerá", afirmou ela, antes de votar em um colégio de Porto Alegre (capital do Rio Grande do Sul).

Ela não quis responder se prefere enfrentar Aécio Neves (PSDB) ou Marina Silva (PSB). “Quem decidirá é o povo. Não falarei uma coisa dessas para ninguém. Não vou me decidir por um candidato ou por outro. Seria desrespeitoso." Ela também foi questionada sobre o desejo de mudança, manifestado durante os atos iniciados em junho de 2013 e afirmou vai lutar por elas. "Temos a convicção de que nós somos aqueles que podem continuar fazendo as mudanças que o Brasil precisa."

Aécio Neves, que subiu nas pesquisas e agora pode chegar ao segundo turno contra Dilma, votou em Belo Horizonte pouco depois das 10h e agradeceu aos brasileiros. Ele disse que nunca perdeu a confiança de chegar ao segundo turno. “Eu sempre compreendi que nós temos o melhor projeto para o Brasil. Porque é esse sentimento de mudança que permeia a sociedade brasileira”, disse o candidato, que complementou dizendo que é preciso ter “humildade” e esperar os resultados das urnas.

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Marina Silva, que nas últimas pesquisas registrou queda e pode ficar de fora de um eventual segundo turno, também votou nesta manhã em Rio Branco (Acre), ao lado do pai seringueiro de 78 anos. "Quem vai ganhar não são as velhas estruturas do marketing, do dinheiro, da mentira. Quem vai ganhar é principalmente a nova postura do povo brasileiro, que quer votar em quem tem proposta."

Ela também aproveitou para criticar a presidenta Dilma. "Setenta por cento da população brasileira quer uma mudança muito compatível com o nosso programa, onde se preserva as conquistas, mas apresenta o caminho em que se anda para frente."

Luciana Genro, do PSOL, votou em Porto Alegre pela manhã e também abordou o “desejo de mudança” refletido nos protestos. “O que se expressou em junho foi muito importante para mostrar essa vontade que o povo tem de receber serviço público de melhor qualidade, e busquei de forma muito contundente trazer essas demandas contra opressões e explorações”, disse. Ela está com 1% das intenções de voto nas pesquisas.

Eduardo Jorge, do PV, também com 1% nas pesquisas, chegou para votar de bicicleta nesta manhã, em São Paulo. Ele disse que o partido não deve permanecer neutro neste segundo turno. "Vamos ver qual dos três [PT, PSDB e PSB] tem mais abertura para superar suas limitações do século 20."

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