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O Santander destinará 2,10 bilhões de reais para projetos universitários

A verba, destinada a um período de quatro anos, representa um aumento de 300 milhões de reais em relação ao orçamento anterior. 210 milhões serão concedidos ao Brasil

Elisa Silió
Emilio Botín, presidente do Santander, abre o III Encuentro Internacional de Rectores promovido pela rede Universia no Rio de Janeiro.
Emilio Botín, presidente do Santander, abre o III Encuentro Internacional de Rectores promovido pela rede Universia no Rio de Janeiro.Marcelo Sayão (EFE)

O presidente do Santander, Emilio Botín, aproveitou o III Encontro Internacional de Reitores – promovido pelo banco no Rio de Janeiro – para anunciar que a entidade destinará 2,10 bilhões de reais para projetos universitários (estudos de graduação, estágios, pesquisa ou doutorado) até 2018. Essa verba será repartida em três partes: 40% do dinheiro será gasto em 40.000 bolsas de acesso e mobilidade nacional e internacional de estudantes e docentes para fortalecer o Espaço Ibero-Americano de Conhecimento; 30% para fomentar a pesquisa e o empreendimento nas universidades; e 30% para projetos acadêmicos que modernizem e incorporem as novas tecnologias nos centros.

Do montante total, cerca de 717 milhões de reais ficará na Espanha, 35% a mais do que previa o orçamento anterior. 30% disso será destinado para projetos realizados em parceria com a América Latina. Botín adiantou que possivelmente as 5.000 bolsas anuais de estágios em Pequenas e Médias Empresas aumentarão, mais ainda não existem cifras fechadas. Outros 210 milhões de reais serão gastos no Brasil.

Uma comunidade universitária composta por 1.290 campi, com 16,8 milhões de alunos, é a destinatária dessa ajuda. “É necessário abrir a Universidade e responder as novas exigências e expectativas dos estudantes e da própria comunidade”, disse o presidente do Banco, Emilio Botín. Pois a Universidade deve liderar a sociedade para “contribuir com o desenvolvimento social, institucional, cultural e econômico dos países”.

Os 2,10 bilhões de reais representam 300 milhões a mais do que os destinados nos últimos quatro anos. Na reunião de Guadalajara, em 2010, o banco anunciou que seriam concedidos 1,8 bilhões de reais (no final foram 1,77 bilhões). Um total de 18.000 estudantes e professores se beneficiaram neste período com bolsa de mobilidade dentro da América Latina e serão mais 6.000 com essa nova verba. Existe um ponto fraco deixado claro por uma pesquisa de opinião da rede universitária de fala hispânica e portuguesa Universia entre alunos, docentes, pesquisadores e funcionários de administração e serviços: a importância da mobilidade é pontuada com nota oito de um total de 10, mas a fuga de cérebros preocupa sete de cada 10 pesquisados.

Potencializar o processo de internacionalização das universidades – incluindo uma maior mobilidade de estudantes, professores e pesquisadores – é um dos objetivos colocados pelos 462 reitores que responderam uma pesquisa da Universia. Ainda que 56% considere que melhorou nos últimos anos, 42% sustenta que ainda há muito caminho para percorrer mediante duplos diplomas, projetos de pesquisa ou com a mobilidade de alunos, docentes e cientistas dentro do programa de intercâmbio de estudantes na América Latina que Rebeca Grynspan, secretária geral ibero-americana, anunciou na segunda-feira durante seu discurso, ou com as 40.000 bolsas de mobilidade do Banco Santander.

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