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Um contingente extra de 600 policiais para proteger o Maracanã

As próximas cinco partidas no estádio carioca ganham reforço depois das invasões descontroladas de torcedores nos dois primeiros jogos

Seguranças fora do Maracanã na quarta-feira passada.
Seguranças fora do Maracanã na quarta-feira passada.Leo Correa (AP)

As autoridades brasileiras anunciaram, na sexta-feira, um reforço da segurança para as cinco partidas da Copa do Mundo que ainda serão disputadas no estádio do Maracanã, depois das críticas recebidas pela invasão descontrolada de uma centena de torcedores nos dois primeiros jogos. A polícia confirmou que mobilizará mais 600 agentes “treinados” e instalará um sistema extra de barreiras para fazer inspeções de segurança nas portas do recinto. No total, serão 3.100 policiais vigiando os arredores da catedral do futebol brasileiro.

Na última quarta-feira, uma hora antes de começar o jogo Espanha x Chile, cerca de 150 torcedores chilenos derrubaram um muro perimetral próximo à sala de imprensa do estádio e correram desesperadamente pela sala cheia de jornalistas e pelos corredores vizinhos tentando encontrar um caminho que os conduzisse às arquibancadas. Alguns dos 1.000 seguranças que vigiavam o interior do estádio conseguiram prender 85 torcedores, e eles foram expulsos do país. Dias antes, na volta do Mundial ao mítico estádio carioca depois de 64 anos, 80 simpatizantes argentinos pularam outro muro e entraram no estádio sem enfrentar a menor resistência. Foram filmados em vídeos que “envergonharam” alguns porta-vozes da FIFA.

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A próxima partida no Maracanã, cenário da grande final em 13 de julho, será Bélgica x Rússia, neste domingo. O subsecretário de grandes eventos da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Alzir, afirmou que a Polícia Militar não impedirá que os torcedores sem ingressos cheguem às imediações do Maracanã (como chegou a ser especulado diante da notável presença de torcedores sem ingressos). “Na Copa das Confederações (realizada há um ano), essa medida foi tomada por causa dos protestos, um quadro de anormalidade. Para o próximo jogo, no entanto, a situação é de normalidade. Tomamos medidas para cobrir a vulnerabilidade que havia. Se não forem suficientes, passaremos a outro nível”, declarou.

O subsecretário atribuiu as recentes falhas na segurança às estruturas temporais do estádio, “que criaram pontos de vulnerabilidade” e que serão melhoradas “com muita rapidez”. As autoridades sonham com uma partida no Maracanã que não gere manchetes na imprensa internacional. Neste domingo, entretanto, não será “necessária” a participação de soldados no esquema de segurança do estádio.

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