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O Facebook quer ser um banco

A rede social prepara sua plataforma para fazer transferências e pagamentos entre usuários

Facebook oferecerá pagamentos entre particulares.
Facebook oferecerá pagamentos entre particulares.DADO RUVIC (REUTERS)

O Facebook gosta de dinheiro, tanto para sair às compras, como no caso do WhatsApp e do Oculus, suas últimas aquisições, como para arrecadá-lo de seus anunciantes. O último movimento do serviço de Mark Zuckberberg aponta que a rede deve converter-se em um banco.

Segundo o Financial Times, em poucas semanas o Facebook vai receber a aprovação por parte das autoridades irlandesas para operar como gestor de moeda eletrônica. Esta permissão valerá para fazer transferências entre perfis, em princípio só dentro da União Europeia. Entre os movimentos do Facebook há contatos com três empresas emergentes. TransferWise, dedicada a transferências internacionais muito rápidas (menos de 48 horas) com comissões muito baixas -, menos de 1% frente ao habitual 8% -, e seu concorrente Moni Technologies e Azimo, que gerencia micropagamentos entre consumidores. Esta última recebeu uma oferta de 10 milhões de dólares (22 milhões de reais) com a intenção de contratar seu co-fundador como máximo responsável pelo desenvolvimento do negócio.

Esta divisão do Facebook teria uma sede em Londres, núcleo financeiro, mas com intenção de ganhar a confiança dos países emergentes. O invento de Zuckerberg já superou 100 milhões de usuários ativos na Índia, onde o celular é a primeira porta de entrada para a Internet. Ao mesmo tempo, encaixa perfeitamente com seus planos para levar a Internet aos dois terços da população que ainda está fora. Não só descobririam sua rede social, como também o valor de serviços adicionais. Sean Ryan, vice-presidente de alianças do Facebook, considera que a operação lhes daria um impulso como suporte publicitário. Estes movimentos do gigante de Menlo Park agradou a seus investidores.

Google também entrou neste campo, embora de maneira mais discreta. Em princípio, por meio da Wallet, para pagamentos tanto na Internet como em comércios físicos usando o chip NFC de alguns celulares. Seu funcionamento é por contato, colocando o telefone sobre uma base para ser verificado. Há dois anos pediram permissões para poder reter grandes quantidades de dinheiro destinadas a créditos para seus anunciantes.

Durante a última conferência de desenvolvedores, em junho de 2013, falou-se superficialmente de um serviço para enviar pequenas quantidades de dinheiro entre consumidores usuários do Gmail. Paypal, que nasceu como um complemento ao site de leilões eBay, é a referência em micro-pagamentos entre empresas e particulares. Sua homóloga chinesa, Alibaba, criou a Alipay para oferecer o mesmo serviço. Jack Dorsey, cofundador do Twitter, lançou Square, um complemento para celulares que, ligado à entrada dos fones de ouvido, faz transações com cartões de crédito.

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