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EUA advertem sobre mais sanções se a Rússia não abandonar a anexação crimeia

A Casa Branca considera uma "ameaça à paz" a usurpação da península ucraniana e faz uma convocação aos outros líderes do G-7 visando a uma reunião na próxima semana

Yolanda Monge
Pessoas fazem fila para tirar dinheiro de um banco em Simferopol.
Pessoas fazem fila para tirar dinheiro de um banco em Simferopol.VASILY FEDOSENKO (REUTERS)

Ante a assinatura de anexação da Crimeia à Federação Russa por parte de Vladimir Putin, a Casa Branca anunciou nesta terça-feira que aumentará as sanções contra Moscou. “Mais estão por chegar”, disse, de forma concisa, Jay Carney, porta-voz do presidente norte-americano. Carney reiterou que os passos dados pelo governante russo terão consequências e revelou que Barack Obama se reunirá na semana que vem com seus parceiros de G-7 (Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido) em Haia, aproveitando que o mandatário norte-americano estará de viagem oficial à Europa. Por enquanto, e nada aponta para uma reversão da decisão, a cúpula do G-8 (G-7 mais a Rússia) em junho na cidade russa de Sochi fica suspensa como resposta à invasão russa da Crimeia.

Depois do anúncio na última segunda-feira do congelamento de ativos de quatro líderes ucranianos e de sete servidores públicos russos, a Casa Branca segue cifrando sua estratégia de resposta a Moscou na imposição de novas multas, embora o porta-voz de Obama tenha evitado dar detalhes concretos sobre estas ou quando poderão entrar em vigor. Um repórter perguntou sobre o alcance das sanções econômicas e o que acontecerá se, ainda assim, Putin não desistir de sua decisão. Carney se viu contra as cordas e se limitou a dizer que haverá novas multas.

Nem Washington nem a comunidade internacional reconhecerão “a tentativa de anexação da Crimeia” à Rússia, assegurou Carney na habitual coletiva de imprensa da Casa Branca, que classificou a manobra do Kremlin como “uma ameaça para a paz”. A Casa Branca considerou desde o início da crise o referendo realizado no passado domingo como ilegal e contrário às leis ucraniana e internacional.

“Hoje, o presidente Obama convidou suas contrapartes do G-7 a uma reunião de líderes na semana que vem em paralelo à Cúpula de Segurança Nacional que será realizada em Haia”, explicou Carney, que enfatizou que o encontro deverá servir para responder de forma unânime aos acontecimentos dos últimos dias e apoiar a Ucrânia.

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