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O Conselho do EL PAÍS nomeará um novo diretor na próxima semana

Antonio Caño será proposto como substituto de Javier Moreno

Antonio Caño, à esquerda, e Javier Moreno.
Antonio Caño, à esquerda, e Javier Moreno.EL PAÍS

O Conselho de Administração do jornal EL PAÍS decidirá na próxima semana sobre a proposta de Juan Luis Cebrián, presidente do EL PAÍS e do grupo PRISA, para que Antonio Caño seja nomeado o novo diretor da publicação, em substituição a Javier Moreno, que desempenha o cargo desde maio de 2006. Caño, atual correspondente em Washington e responsável pela edição América do jornal, assumirá suas novas responsabilidades no próximo 4 de maio, coincidindo com o 38º. aniversário do jornal. Conforme prevê o Estatuto da Redação do jornal, a proposta foi comunicada por Cebrián ao Comitê de Redação do jornal. Os jornalistas do EL PAÍS têm direito a uma votação consultiva sobre as nomeações de responsáveis pela redação, incluindo o diretor. A reunião do Conselho de Administração terá lugar na próxima quarta-feira, 26 de fevereiro.

A decisão de nomear Caño como diretor foi comunicada à equipe de comando do jornal (subdiretores, redatores-chefes e gestores) numa reunião presidida por Juan Luis Cebrián, Fernando Abril-Martorell, executivo-chefe do PRISA, José Luis Sainz, executivo-chefe da PRISA Noticias e PRISA Radio, além de Moreno e Caño.

Antonio Caño, de 56 anos, nascido em Martos (Jaén), é formado em Jornalismo pela Universidade Complutense de Madri. Trabalhou na agência Efe e está no EL PAÍS desde 1982. Foi correspondente no México e América Central, e há mais de dez anos ocupa o posto de chefe da sucursal de Washington. Além disso, exerceu também os cargos de redator-chefe de Internacional e subdiretor responsável pela edição dominical, e esteve à frente da seção Investigação e Análise. Durante sua carreira profissional, vem cobrindo uma miríade de fatos noticiosos em todo o mundo, especialmente na América, e já entrevistou numerosos presidentes e personalidades.

Em sua última etapa, pôs em marcha a edição América do EL PAÍS, que se tornou uma referência informativa no mundo de língua espanhola. Em novembro passado, o jornal ampliou sua presença na América Latina com o lançamento de uma edição própria no Brasil, que conta com uma redação em São Paulo, o que, somando-se à redação no México e às diversas sucursais instaladas, consolidou a presença e a importância do EL PAÍS no continente americano.

Javier Moreno Barber, nascido em Paris há 50 anos, é formado em Química pela Universidade de Valência. Exerceu a profissão na Alemanha até 1992, data em que cursou o Máster em Jornalismo oferecido pelo EL PAÍS e a Universidade Autônoma de Madri. Trabalhou inicialmente na seção de Economia do jornal, e em 1994 se incorporou à edição do México, como chefe de redação. Depois da sua volta à Espanha, foi para a seção de Internacional. Em 1999 foi nomeado chefe da seção de Economia, e em 2002 assumiu o cargo de correspondente do jornal em Berlim. Um ano mais tarde, foi nomeado diretor do Cinco Dias, editado pelo PRISA. Em 2005, voltou ao EL PAÍS, como subdiretor encarregado da edição dominical, e em 2006 foi nomeado diretor.

Sob sua direção, o EL PAÍS levou a cabo uma profunda reestruturação da redação, o que incluiu uma decidida aposta na internet e no perfil global da publicação, levando o jornal a alcançar a liderança mundial da imprensa em espanhol. Moreno, depois de deixar a direção do EL PAÍS, em 4 de maio, após oito anos no cargo, assumirá novas responsabilidades no PRISA, voltando-se para a gestão e desenvolvimento de conteúdos do grupo tanto no meio impresso, incluindo o EL PAÍS, como em rádio, em televisão, no âmbito digital e na América Latina.

Antonio Caño será o quinto diretor do EL PAÍS. Juan Luis Cebrián foi o primeiro, ocupando o posto da fundação do jornal, em 1976, até 1988. Foi substituído por Joaquín Estefanía, que permaneceu à frente do jornal até 1993, ano em que Jesús Ceberio assumiu o cargo. Em 2006 Javier Moreno foi nomeado diretor, posto que ocupará até 4 de maio de 2014.

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